CAMPINAS

Pais e alunos da Etec Bento Quirino fazem protesto

Manifestação foi de apoio a greve dos professores, que estão parados há quase um mês

Inaê Miranda
14/03/2014 às 22:36.
Atualizado em 24/04/2022 às 17:55

Pais e alunos da Escola Técnica Bento Quirino, em Campinas, interditaram uma das faixas da Avenida Orosimbo Maia, em protesto a favor dos professores e funcionários, em greve desde o dia 17 de fevereiro. A paralisação acontece em nível estadual e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), 11 mil professores cruzaram os braços. Na Etec Bento Quirino, a adesão à greve é de 60% dos funcionários. A reivindicação é pela aprovação de um novo plano de carreira para docentes e funcionários da instituição. O protesto, desta sexta-feira (14), reuniu cerca de 50 pessoas e também e foi encerado por volta das 19h30.  Além do protesto, os alunos decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira (17). "Como o governo não vota o plano de carreira dos professores, decidimos apoiar os docentes e ver se conseguimos, com o ato, acelerar o processo para que os nossos filhos voltem a ter aulas normalmente. E a partir de segunda-feira vamos iniciar a greve geral dos estudantes", afirmou a psicóloga Ana Paula Gerra dos Santos, de 42 anos, mãe de um aluno.   Aluno de informática, Gian Luigi Correa Roberto, também saiu em defesa dos professores. "Ele são a base de tudo porque a única coisa que mantém o Estado funcionando é a Educação. Porém, não estão sendo respeitados" .   Cartazes   A concentração para o protesto teve início às 16h. O grupo levou cartazes e distribuiu panfletos em defesa da causa dos professores. Só por volta das 18h30 eles decidiram então fechar uma das faixas da avenida Orosimbo Maia, no sentido centro-bairro. Segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), os manifestantes fizeram alguns bloqueios momentâneos em uma faixa e só em alguns momentos bloquearam toda a via. De acordo com a Emdec não foi registrado congestionamento, apenas lentidão. A Polícia Militar também acompanhou o movimento, que foi pacífico.   Os professores pedem a aprovação de um plano de carreira da forma como foi acordado com o Centro Paula Souza, em 2010. Eles afirmam que o plano sofreu uma série de alterações, antes de ser apresentado para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em 28 de fevereiro de 2014. Segundo relatam, as tabelas salariais foram rebaixadas, os benefícios cortados, entre eles a licença gestante de 180 dias e o auxílio alimentação.   Emendas   Os professores apresentaram emendas em regime de urgência para alterar o projeto na Alesp. "As emendas valorizam a hora aula e a titulação. Defendemos jornada de trabalho em vez de hora aula e incentivo à pesquisa" , afirmou o diretor do sindicato Cristiano Costa.   O Centro Paula Souza fala em 7% de adesão à greve. Sobre o plano de carreira, afirmou que ele deve ser votado na assembleia até o dia 5 de abril. Não houve posicionamento sobre o protesto.

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