Outra vez?

Outra vez?O vereador Edison Ribeiro (PSL) é o mais novo investigado da Câmara de Campinas por uso indevido do carro oficial. Não é de hoje que o uso do carro provoca polêmica. Isso porque alguns parlamentares foram flagrados utilizando o veículo em atividades que não eram ligadas aos seus mandatos. Já foram vistos buscando filho na escola, em padarias, supermercados, shoppings, ou seja, em diversas situações duvidosas. No caso de Ribeiro, no entanto, as denúncias são um pouco mais graves. Sem habilitaçãoO carro oficial de Ribeiro foi parado em uma blitz e o motorista que conduzia o veículo, além de não ser servidor, o que é uma regra da Casa, ainda estava sem carteira de habilitação. Ribeiro afirmou que no meio da estrada, ele estava a caminho de Monte Mor, teve um problema no coração e o passageiro que estava com ele foi obrigado a guiar o carro. Outras denúncias sobre o uso irregular do veículo do vereador estão empilhadas na mesa da Corregedoria. FraseTenho 57 anos e não fico vivendo de mentiraiada. Prefiro a morte a fazer uma coisa dessas. Jamais eu vou fazer uma coisa dessas. (Do vereador de Campinas Edison Ribeiro (PSL) ao comentar as investigações da Corregedoria sobre o uso de seu carro oficial). De dentroO mais curioso nesta história é que, desta vez, as supostas irregularidades foram descobertas dentro do próprio Legislativo, no setor de transporte da Casa. Após a análise da documentação apresentada por Ribeiro, a presidência pediu para a Corregedoria apurar o caso. Ribeiro se defendeu e disse que não cometeu irregularidade alguma. RenúnciaO filho do vereador, André Ribeiro, que é uma espécie de “consultor” do parlamentar, disse que não houve nada de errado e que se algo for comprovado, seu pai renuncia do cargo sem titubear. ChurrascãoRecentemente alguns vereadores foram flagrados num churrasco de confraternização, na chácara do vereador Gilberto Cardoso, o Vermelho (PSDB), com o carro oficial. A justificativa na época foi a que eles podiam usar o veículo para ir até o local, já que se tratava de um simples almoço, o que poderia ocorrer na casa do Vermelho ou em outro local. Na surdinaParece que os vereadores de Campinas estão com um pouco de medo de manifestações. Eles agendaram, na surdina, uma reunião ontem para tratar da emenda de Campos Filho (DEM), que proíbe o debate de gênero nas escolas. A reunião só foi divulgada pouco antes de ocorrer no Legislativo. O convidado para debater o tema na comissão especial criada para estudar o projeto foi o juiz Fábio Toledo. Tudo sem alarde e sem a convocação da população. A primeiraCampinas terá pela primeira vez uma comandante mulher à frente de um Batalhão da Polícia Militar. A tenente-coronel Carla Danielle Basson Niglia assumiu ontem o 35° Batalhão de Polícia Militar do Interior, responsável pelo patrulhamento em bairros como Nova Europa, Vila Industrial, Castelo, Bonfim, São Fernando, além das cidades de Valinhos e Vinhedo. Vinda de uma família de policiais, ela já havia comandado companhias da PM em Jundiaí. A greve continuaA greve em Campinas toma corpo. A Prefeitura contabiliza apenas 2% dos servidores fora da atividade. O sindicato da categoria, no entanto, informa que na Educação, 62% dos funcionários aderiram ao movimento, seguidos pelo grupo da Saúde, com 47% de adesão. A próxima tentativa de negociação da categoria com o Executivo só ocorrerá na semana que vem e no Judiciário. Enquanto isso, a Justiça determinou que os servidores mantenham 70% dos serviços considerados essenciais, como o Samu.Colaboraram Cecília Polycarpo e Eric Rocha/AAN.