Cães de orelhas grandes, como Cocker Spaniel e Beagle, são os mais acometidos, porque orelhas penduradas não facilitam a ventilação
A cocker Nina, que sofre de otite crônica, e recebe os cuidados necessários para minimizar o problema (Arquivo pessoal )
Além do incômodo da dor e da coceira, a otite pode comprometer seriamente a saúde do animal, se não tratada adequadamente. “Cães de orelhas grandes, como Cocker Spaniel e Beagle, são os mais acometidos. “As orelhas penduradas não facilitam a ventilação dos condutores auditivos, promovendo um ambiente quente e úmido ideal à proliferação fungicida e bacteriana”, ensina a médica-veterinária Paula Medina, da Clínica Manias. Esse é o caso, por exemplo, da dog Nina, que tem 6 anos de idade. “Todas as vezes em que ela vai tomar banho é preciso muito cuidado. É preciso proteger a orelha com algodão embebecido em óleo Johnson pra não entrar água. E toda a semana é preciso pingar um remédio pra fazer uma profilaxia e manter a orelha sempre limpa, pra evitar infecção, porque o caso dela já é crônico”, lembra o tutor Eduardo Cesar Lencioni. Quando está com a orelha inflamada, Nina “fica balançando a cabeça, e chamando a atenção da gente (pedindo ajuda). O ouvido fica purulento, cheio de secreção, e ai é preciso limpar, pingar o remédio e tratar com antibiótico”, acrescenta Eduardo. Nesta segunda-feira (27), um remédio para tratar os casos complicados de otites em cães foi lançado em Campinas. Trata-se do Posatex, “indicado para infecções intensas e recorrentes causadas pelo gênero de fungos Malassezia”, afirma o médico-veterinário Andrei Nascimento, gerente técnico da unidade Pet da MSD Saúde Animal. Assim como em humanos, medicamentos só devem ser dados aos animais sob orientação médica específica.