Pela terceira vez em quatro anos, Corinthians e Ponte Preta se encontram nas quartas de final do Campeonato Paulista. Nas duas vezes anteriores, a vaga ficou com o time visitante. Em 2012, a Ponte Preta de Gilson Kleina ganhou do Corinthians de Tite por 3 a 2, no Pacaembu. Em 2013, o Corinthians de Tite ganhou da Ponte Preta de Guto Ferreira por 4 a 0, no Moisés Lucarelli. No ano passado, sob o comando de Mano Menezes, o Timão sequer passou da primeira fase. Com Vadão, a Macaca parou nas quartas ao ser eliminada pelo Santos. No terceiro encontro, os treinadores de 2013 estão de volta. Tite é o profissional mais badalado do momento no futebol brasileiro. É muito elogiado e considerado o melhor do País. Guto, por sua vez, vai a Itaquera na condição de único treinador que já venceu na Arena Corinthians como visitante. Será o jogo mais interessante das quartas de final, o único envolvendo dois integrantes da Série A do Campeonato Brasileiro. Invicto, em casa e com sua formação titular, o Corinthians é favorito contra a Ponte Preta ou contra qualquer outra das seis equipes que seguem na briga. É o favorito ao título. Guto esconde o jogo, mas imagino que vai utilizar, neste sábado, o mesmo esquema com o qual derrubou o Santos, penúltimo invicto do Paulistão. Naquela partida, Guto escalou três volantes, deu liberdade a Cajá e explorou a velocidade de Rildo e Biro Biro. A diferença é que a partida foi no Majestoso e o Peixe estava sem Robinho, o que faz muita diferença. Mas ainda assim considero essa a melhor opção para tentar derrubar o último invicto e avançar à semifinal. No início da noite, será a vez do Red Bull tentar dar um passo além. O time cumpriu sua missão ao chegar às quartas, mas ambição é o que não falta ao Toro. A vaga na Série D está bem próxima e será garantida se um dos dois concorrentes (Botafogo e XV de Piracicaba) for eliminado no domingo. As chances de alcançar todas as metas do semestre, portanto, são enormes. Mas a instabilidade do São Paulo, o período de transição entre Muricy Ramalho e o seu sucessor, a ausência de Alan Kardec e a confiança que o time de Maurício Barbieri adquiriu com a arrancada do 5º para o 2º lugar do Grupo A são fatores que, unidos, podem equilibrar a partida no Morumbi. O São Paulo é favorito pela campanha, por jogar em casa, pela experiência e pela qualidade de seu elenco. Mas, dos quatro grandes, acho que é o que corre o maior risco de ficar fora da semifinal.