Em Campinas, Orestes e Gaudêncio foram despejados da pensão onde moravam. De carona, os dois chegam a São Paulo, e, casualmente encontram Diva, uma grã-fina, que lhes oferece emprego. Paulo, marido de Diva, aceita contratar Orestes como motorista particular. Gaudêncio fica incumbido da guarda do cão da família (cão de guarda precisa de guarda?). Provocando Rosa, a copeira, Gaudêncio imediatamente a seduz. Ronaldo, amigo de Paulo e amante de Diva, chega de viagem. Chico, o jardineiro, espiona os banhos noturnos de Marly, filha de Paulo, que logo seduzirá Orestes. Em nome de uma aposta com Chico, Orestes se deixa seduzir por Lúcia, outra filha de Paulo. Cornelius, o mordomo homossexual, fiscaliza, enciumado, as diversas relações amorosas da casa. Paulo e Ronaldo viajam a negócios. Gilda, amante de Paulo, conquista Orestes, que, por sua vez, seduz Rosa. Diva os pega em flagrante, mas entusiasmada pela cena, articula a sedução de Orestes, levando-o para um motel. Ao voltar de viagem, Paulo tem uma surpresa: todas as mulheres estão grávidas, inclusive Gilda e Rosa. Em princípio, acusa os namorados de suas filhas. Mas logo percebe que Orestes é o verdadeiro culpado. Orestes e Gaudêncio são perseguidos pelos homens. Mas conseguem fugir com ajuda de Chico. A pé, retornam a Campinas. (Informações extraídas do magnífico ‘Dicionário de Filmes Brasileiros’, do Leão da Silva Neto) (Parece até feito de encomenda, mas... Outro absurdo: voltar a pé de São Paulo a Campinas é para Manuel Henriques, o Mabelis, um dos fundadores do Regatas. Foi depois da Revolução de 32, a façanha. E muito antes da Via Anhanguera.) As peripécias estão no filme “O campineiro, garotão para madames”, de 1981, último dirigido pelo português, que não é o Zé, Agostinho Martins, também diretor de “O gato de madame” e “A carrocinha”, do genial Mazzaropi. A produção é do cineasta, ator galã e ex-cantor da noite Deni Cavalcanti (conhece?). “Ele queria incomodar certas pessoas. Por isso, colocou o nome de um notável político do interior de São Paulo em um dos principais personagens da fita”, diz uma das sinopses encontradas no Google, atribuída a Matheus Trunk. O ‘pornodrama’ estreou no cine Art Palácio, em São Paulo, célebre lançador de pornochanchadas. À época, o crítico Orlando Fassoni, da “Folha de S. Paulo”, fala em “dois amigos, um campineiro e outro pelotense...”, entendeu? O elenco tem a vedete Zélia Martins, mais Célia Artacho, José Parisi Junior, Yara Stein, Kleber Afonso e outros bem menos conhecidos. Nada a ver com Campinas: tudo se passa na Granja Vianna, na Grande São Paulo. Triste ‘End’: foi visto pela última vez animando um desanimado show de strip tease no cine Yara, em Águas de Lindóia. Pregado no poste: “Não importa o mau cheiro geral, as murtas continuam perfumando o Cambuí”