Campinas volta a sofrer uma nova investida de bandidos de toda a espécie (Divulgação)
Duas décadas após Campinas enfrentar uma aterradora onda de criminalidade, o município volta a sofrer uma nova investida de bandidos de toda a espécie. Ladrões de veículos, saqueadores, gangues do pix, falsos entregadores de alimentos, trombadinhas, latrocidas e estupradores correm à solta pela cidade espalhando o terror, principalmente na região central e arredores. Com isso, os moradores sentem-se sitiados, inseguros e alarmados com a escalada de violência.
Especialistas em segurança e observadores sociais divergem sobre uma possível relação de causa e efeito entre crise econômica e prática de delitos, principalmente contra o patrimônio e a vida. Não obstante, a crueldade imposta ao cidadão nos leva a perceber uma relação direta entre esses dois fenômenos, exigindo soluções imediatas das autoridades para conter o mal que aterroriza a população.
Diante disso, o prefeito Dário Saadi resolveu tomar a dianteira e chamou os chefes das forças de segurança para definir ações emergenciais, de modo a combater os criminosos. Embora as autoridades não confirmem a expansão estatística das infrações, os números chamam a atenção. Entre janeiro e março, foram registrados quase mil furtos em geral, 85 furtos de veículos, 313 assaltos à mão armada, 16 roubos de veículos, seis estupros e um homicídio. Tudo isso somente no Centro, uma das áreas mais violentas de Campinas, agravando o estado de deterioração urbana dessa região. Bairros adjacentes ao Centro, como o Chapadão e Cambuí, também sofrem com essas práticas delituosas, que amedrontam os moradores e pessoas que transitam por esses locais. Em todo o município, foram consumados 4.058 furtos em geral, 1.340 furtos e roubos de veículos, quase 1.500 roubos, 80 estupros e 36 homicídios no primeiro trimestre deste ano.
A violência urbana não é uma exclusividade de Campinas, ela vem se expandindo em todo o Estado de São Paulo, com ênfase nos grandes centros, principalmente após a retomada das atividades econômicas no pós-pandemia. Diante desse quadro alarmante, o governador do Estado, Rodrigo Garcia, anunciou uma dura operação, denominada “Operação Sufoco”, colocando as forças policiais nas ruas para conter a escalada de assaltos, roubos, furtos e latrocínios. A sociedade exige das autoridades de segurança uma resposta firme ao crime, na mesma proporção da pressão imposta pelos bandidos. A sociedade não suporta mais ficar à mercê desse terror urbano, que coloca em risco o patrimônio, a integridade física e a vida do cidadão.