Em 2023, 12,5 milhões de pessoas embarcaram ou desembarcaram pelo aeroporto; já o Terminal de Carga processou 300 mil toneladas no ano passado, sendo responsável por receber 1/3 de toda importação que chega ao país pelo modal aéreo (Rodrigo Zanotto)
O processo de renegociação para a manutenção do contrato de concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos é um tema de relevância incontestável para o desenvolvimento econômico e a conectividade regional. Diante da iminente análise pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), é essencial refletirmos sobre os desdobramentos desse processo e sua importância para o progresso da Região Metropolitana de Campinas e do país como um todo. O presidente da Corte, ministro Bruno Dantas, acolheu o pedido do Ministério dos Portos e Aeroportos para que a discussão seja encaminhada para a última etapa antes da sentença judicial. Esse encaminhamento demonstra a seriedade e a responsabilidade com que o tema está sendo tratado. A Associação Brasileira de Concessionárias de Aeroportos (ABV), em nota oficial, expressou sua expectativa de que a solução final proporcione um acordo vantajoso para todos, ressaltando a importância de assegurar a continuidade operacional do aeroporto. Essa posição reflete a necessidade de encontrar um equilíbrio entre os interesses das partes envolvidas.
A renegociação da concessão de Viracopos, viabilizada pela decisão do TCU em agosto passado, representa um marco significativo no âmbito das parcerias públicoprivadas no país. A possibilidade de renegociar contratos de privatização de infraestruturas públicas sem a necessidade de um novo processo licitatório abre precedentes importantes para a gestão eficiente dos recursos públicos e a continuidade dos investimentos.
É fundamental ressaltar que a regularização de Viracopos não se restringe apenas à esfera econômica. A manutenção e o desenvolvimento desse importante hub aeroportuário são essenciais para a integração regional, o estímulo ao turismo e a atração de investimentos para a Região Metropolitana de Campinas. Além disso, o aeroporto desempenha um papel estratégico na logística nacional, contribuindo para o aumento da competitividade do país no cenário global.
Portanto, é imperativo que o processo de renegociação seja conduzido com transparência, responsabilidade e celeridade, visando garantir a continuidade operacional e o crescimento sustentável do Aeroporto de Viracopos. A decisão final do TCU deve considerar não apenas os aspectos econômicos, mas também os impactos sociais e estratégicos envolvidos, em consonância com o interesse público e o desenvolvimento regional. Afinal, o futuro de Viracopos está intrinsecamente ligado ao futuro da região e do país como um todo.
