Luan José Tierri de Sousa tinha apenas 16 anos quando deu início à sua saga em defesa do meio ambiente (Kamá Ribeiro)
Luan José Tierri de Sousa e Renata Coelho são dois personagens centrais da reportagem deste sábado da premiada série RAC/Sanasa de Responsabilidade Ambiental. Esses jovens trabalham pela construção de uma consciência ecológica, que influencia, inspira e mobiliza pessoas, especialmente crianças, em bairros da periferia. Quando tinha apenas 16 anos, Luan deu início à sua saga em defesa do meio ambiente ao plantar a primeira muda de árvore da sua vida em um trabalho de escola. A partir dessa experiência, ele não parou mais. Hoje, com 32 anos, ele tornou-se um ativista, conduzindo uma entidade que trabalha em prol de um nobre objetivo: plantar árvores frutíferas em comunidades carentes ou com pouca estrutura em Campinas.
As árvores são o maior patrimônio ambiental existente nas cidades, pois servem de abrigo para pássaros, que dispersam sementes e comem insetos. Proporcionam sombra e baixam a temperatura, tornando o passeio na rua mais agradável. Em ruas e avenidas arborizadas, pode-se se divertir e ser mais saudável caminhando pelas calçadas, praças e parques públicos. Se forem frutíferas, a população poderá se alimentar gratuitamente. Ao longo de décadas, criou-se uma cultura equivocada sobre a cobertura vegetal em áreas urbanas, que resulta na poda e extração indiscriminada de árvores, sob a justificativa de que elas atrapalham a iluminação pública, interferem em redes de eletricidade e ameaçam destruir muros, calçadas e paredes. Claro que tudo isso ocorre quando não há planejamento, mas os benefícios que a arborização proporciona ao bem-estar e à saúde das pessoas que vivem em grandes centros urbanos são inquestionáveis.
Voltando à iniciativa de Luan, que conta agora com o suporte da Prefeitura de Campinas, ele esteve reunido com um grupo de voluntários da Vila 31 de Março, para plantar 15 árvores frutíferas em um espaço público. Vale destacar que o trabalho não se resume a cavar um buraco na terra e colocar as sementes. Há todo um manejo prévio e posterior para que o plantio prospere. Para isso, eles avaliam o tipo de solo e mudas mais adequadas às condições locais, sob a orientação de profissionais. O mesmo trabalho foi realizado no Parque Oziel, onde hoje estão plantadas 35 árvores frondosas no bairro, sob os cuidados de crianças e adolescentes, como a pequena Fernanda, de 12 anos, que se orgulha de ter ajudado a plantar e cuidar delas. Em nome de Luan, o nosso jornal e a Sanasa parabenizam todos os participantes dessa brilhante iniciativa socioambiental.