XEQUE-MATE

Santini volta à cena

Jary Mércio
12/04/2023 às 09:18.
Atualizado em 12/04/2023 às 09:18
Governador e prefeito em anúncio de obras de recapeamento (Manoel de Brito)

Governador e prefeito em anúncio de obras de recapeamento (Manoel de Brito)

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, na manhã de ontem, em sua passagem por Campinas, que ainda serão apuradas as denúncias de uso de policiais militares, agentes prisionais e guardas civis pela Campseg. A empresa de segurança, sediada em Campinas, pertence ao ex-vereador Tenente Santini (Nelson Santini) e até 2021 tinha como sócio seu irmão José Vicente Santini, assessor especial do governador e ex-secretário-executivo da Casa Civil no governo Bolsonaro — cargo do qual foi demitido após virar notícia o fato de ele ter usado um avião da FAB para uma viagem não oficial.

‘Havendo constatação’ 

Segundo denúncia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, os agentes públicos contratados pela empresa de Santini prestavam serviço de segurança em empresas do Porto de Santos. Uma delas, a Rumo, opera no transporte ferroviário de cargas e seus trens têm sido objeto constante de assaltos. “O governo vai apurar. Aquilo que não estiver dentro da regra vai ser apurado e, havendo constatação de que nós temos policiais descumprindo o regulamento, serão punidos, enquadrados no regulamento disciplinar, dentro daquilo que manda a lei”, disse Tarcísio.

FRASE

"Aquilo que não estiver dentro da regra vai ser apurado"

Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre o uso de PMs em serviço privado de segurança

Ações ostensivas

O governador negou, porém, que o helicóptero Águia, da Polícia Militar, tenha sido usado de forma irregular na caça aos assaltantes de trem na Baixada Santista. “Isso de usar o helicóptero Águia não tem nada a ver, isso é uma grande bobagem”, disse. De acordo com Tarcísio, o que ocorreu foram ações ostensivas da PM para combater os saques a trens de carga que chegam ao Porto de Santos. “O que se espera da segurança pública é que ela atue”, declarou.

Escolas

O presidente da Câmara, vereador Luiz Rossini (PV), chamou representantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude; da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, da Comissão de Educação e Esporte e da Comissão para Assuntos de Segurança Pública do Legislativo para organizar um seminário na Casa, visando a dar segurança às escolas, em decorrência dos recentes e graves episódios de violência em unidades de ensino do país. A proposta é trazer especialistas de várias áreas para entender o fenômeno e, ao mesmo tempo, traçar diretrizes para encaminhamento de propostas no sentido de construir um ambiente escolar saudável.

Escolas 2

Programado para o dia 2 de maio, o seminário terá como local o plenário da Câmara. Na organização do encontro estão as vereadoras Guida Calixto e Paolla Miguel, ambas do PT, e os vereadores Major Jaime (PP) e Filipe Marchesi (PSB).

PSol não quer

Depois do anúncio, na segunda-feira, de que os vereadores da Câmara de Campinas protocolaram projeto de resolução que estabelece em R$ 17.800 o valor do salário dos parlamentares — a ser aplicado a partir de janeiro de 2025 — a bancada do PSOL emitiu nota, ontem, informando que não assinou a proposta e votará contra. O salário dos vereadores de Campinas, hoje, é de R$ 10.000. “Este aumento é inoportuno frente à situação dramática que vive o país, o estado e a cidade no pós-pandemia com desemprego, vulnerabilidade social e demandas imensas em todas as áreas sociais que requerem investimentos públicos”, diz a nota, lembrando que o percentual do aumento, que foi de 76,8%, “excede em muito a inflação acumulada no período (na média 18,87% pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA)”.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por