XEQUE-MATE DO ESPORTE

Rubens Cardoso

Paulo Reda/[email protected]
09/05/2024 às 17:31.
Atualizado em 09/05/2024 às 17:31
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Quando chegou ao Guarani em 1997, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto, Rubens Cardoso sofreu. Era o jogador mais criticado do time. Havia época em que era só ele tocar na bola para a torcida começar a vaiar. Mas, de repente, tudo mudou. Lembro de uma partida contra o Santos, no Brinco, em que o lateral-esquerdo foi o melhor em campo. De ‘patinho feio’, virou ídolo da torcida e seguiu outros rumos.

Rubens Cardoso 1

Depois do Guarani, Rubens Cardoso teve uma trajetória promissora, com destaque por praticamente todos os clubes que passou. O auge da carreira foi no Inter de Porto Alegre, onde esteve em 2006 e 2007. Lá, foi campeão da Libertadores, conquistou o Mundial de Clubes e a Recopa Sul-Americana. Teve, anteriormente, passagem marcante pelo rival Grêmio, onde ganhou a Copa do Brasil.
 

a frase

"Não tem como pensar em futebol neste momento. Temos jogadores que perderam suas casas”.
Alberto Guerra, presidente do Grêmio

Rubens Cardoso 2

Hoje, com 47 anos, Rubens Cardoso segue fazendo a diferença. Nesta semana, o ex-lateral-esquerdo, que pendurou as chuteiras em 2012, se uniu com torcedores gremistas e colorados da região de Campinas para investir numa campanha de ajuda às vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Caminhões sairão dos pontos de arrecadação e a ação está mobilizando vários empresários da região. Quem quiser saber mais sobre a campanha e onde fazer doações, pode acessar o endereço no Instagram - @rubenscardoso06.

Sensibilidade

A tragédia que atinge o Rio Grande do Sul oferece cenas de drama, tensão e a colocação do povo gaúcho em situação vulnerável. O mínimo que se espera é que todos tenham noção daquilo que está em jogo. Em entrevista ao Sportv, o presidente do Internacional, Alexandre Barcellos, deixou claro que no momento não pensa em futebol. Quer se encontrar disponível para auxiliar na reconstrução do Estado. “Nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo", disse.

Falta de sensibilidade?

Enquanto isso, o técnico Renato Portaluppi saiu de Porto Alegre e dirigiu-se ao Rio de Janeiro. Em nota oficial divulgada para a imprensa, o treinador pensa que será mais útil se estiver na capital carioca e focado na mobilização da sociedade civil. Nada contra. Pelo contrário. Cada um toma a decisão que considerar mais conveniente. Mas perguntar não ofende: será que tal atitude é a que se esperava de alguém nascido em Guaporé–RS e revelado para o futebol com a camisa do Grêmio? É só uma pergunta.

Solidariedade bugrina

Elogie-se a iniciativa do Guarani. Torcedor que comprar o ingresso e fizer doações no clube ganhará a segunda entrada para o jogo de sábado, contra o Botafogo-SP, às 17h, no Brinco de Ouro. É uma forma positiva de integrar o futebol na rede de solidariedade. Bola dentro.

Solidariedade pontepretana

Em contrapartida, a diretoria executiva da Ponte Preta já comandou uma rede solidária que enviou uma tonelada de alimentos para as cidades gaúchas. A arrecadação continua e os donativos podem ser entregues na Loja 1900, que fica anexa ao estádio Moisés Lucarelli.

Tocha olímpica

A tocha olímpica, um dos principais símbolos da Olimpíada, chegou de navio a Marselha nesta quartafeira, e foi recebida por milhares de pessoas que se reuniram na cidade francesa para prestigiar o evento. A peça foi transportada em um majestoso navio de três mastros que veio da Grécia para a cerimônia localizada no antigo porto da cidade. Um forte esquema de segurança foi preparado.
 

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