xeque-mate do esporte

Racismo

Ângelo Barioni
17/05/2022 às 20:18.
Atualizado em 18/05/2022 às 08:07
Dário Saadi, lançou nessa terça-feira, a Carta de Campinas, que condena atitudes racistas e preconceituosas no “mundo esportivo” (Reprodução / EPTV)

Dário Saadi, lançou nessa terça-feira, a Carta de Campinas, que condena atitudes racistas e preconceituosas no “mundo esportivo” (Reprodução / EPTV)

Apesar de vigorar há 20 anos, a Lei 7.716/89, que classifica o racismo como crime inafiançável, punível com prisão de até cinco anos e multa, é pouco aplicada. A maior parte dos casos de discriminação racial é enquadrada no artigo 140 do Código Penal, como injúria, que prevê punição mais branda: de um a seis meses de prisão e multa. Isso significa que, na prática, a pena acaba sendo revertida em cesta básica ou prisões de alguns dias, quando o agressor é preso em flagrante.

Racismo 2

Preocupado com os recentes episódios de racismo no futebol e em outros esportes, o prefeito de Campinas, Dário Saadi, lançou nessa terça-feira, a Carta de Campinas, documento idealizado por Edna Almeida Lourenço, ativista do movimento negro e fundadora da Associação dos Religiosos da Matriz Africana de Campinas e Região (ARMAC, que condena atitudes racistas e preconceituosas no “mundo esportivo”.

FRASE

"Essa é uma ação de toda a cidade de Campinas, que se mostra contrária às injúrias raciais”
Dário Saadi, prefeito de Campinas

Disputa

O técnico Hélio dos Anjos tem aproveitado os primeiros treinamentos da semana na Ponte Preta para realizar observações. Sem contar com Felipe Amaral, suspenso na partida contra o Bahia, o treinador vai precisar modificar a forma de jogar da equipe. Marcos Júnior e Fraga são jogadores da mesma posição, mas com características diferentes. Fessin e Matheus Anjos podem ser acionados para uma plataforma mais ofensiva. A disputa está iniciada na Macaca.

Tabu

Os principais pontos somados da Macaca na Série B foram dentro do Moisés Lucarelli: duas vitórias, um empate e apenas uma derrota. Mas a campanha como visitante ainda não convenceu. Foram derrotas para Operário e Vasco da Gama, além do empate no dérbi. Na sexta, diante do Bahia, a Alvinegra vai em busca da primeira vitória para quebrar o tabu como visitante.

Tabu 2

Enfrentar o Bahia geralmente não é tarefa fácil para o time campineiro. A última vitória pontepretana foi na Série B de 2008. Desde então foram seis derrotas e quatro empates nos dez jogos disputados entre os dois times. A última vez que a Macaca esteve em Salvador para enfrentar o Tricolor foi no Brasileirão de 2017. Derrota por 2 a 0 que colaborou na queda da equipe à Série B. 

Reforços

A Ponte está com o radar ligado em busca de reforços pontuais. Embora o clube tenha realizado muitas contratações, alguns nomes podem surgir a qualquer momento. Um centroavante e um meia são alvos.

De olho no apito

A Confederação Brasileira de Futebol definiu a escala de arbitragem para o jogo entre Guarani e Vasco. O paranaense Paulo Roberto Alves Júnior, de 39 anos, será o responsável por comandar o duelo. Representante comercial, Paulo Roberto contará com o catarinense Heber Roberto Lopes na cabine do VAR. 

Voo da reação

O elenco do Guarani viaja nesta quarta-feira para Manaus, palco do jogo diante do clube carioca. A distância de Campinas até a cidade capital do estado de Amazonas é de aproximadamente 3800KM. Alviverde, no entanto, terá o conforto de realizar todo o trajeto de avião.

“Decisão”

A partida contra o Vasco é muito importante para o Guarani, que entra em campo nessa quinta-feira para medir forças com o Vasco da Gama, em Manaus. Uma vitória recoloca o Bugre nos trilhos, enquanto que um resultado negativo significa permanecer na degola.

Comando

Umberto Louzer é um dos nomes ventilados no Brinco de Ouro para comandar o Bugre na Série B do Brasileiro. Elano e Vinicius Bergantin também estão no radar do Guarani.

Lamentável

A injúria racial denunciada por Edenilson contra o lateral Rafael Ramos está longe de ser um fato isolado. Um levantamento feito pelo Observatório Racial no Futebol aponta que 32 casos de racismo já aconteceram envolvendo o futebol brasileiro neste ano. Desses, quatro aconteceram fora do Brasil por parte de torcedores estrangeiros. Ou seja, os outros 28 foram em território nacional envolvendo atletas, dirigentes ou torcedores. Os números atuais indicam que pode ser alcançado recorde em número de casos já registrados em uma temporada.

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