XEQUE-MATE DO ESPORTE

Quem errou?

Elias Aredes, interino
09/12/2023 às 09:36.
Atualizado em 09/12/2023 às 09:36
Como resultado, em 2024, o Santos não vai disputar a Série A nem a Copa do Brasil (Raul Baretta/ Santos FC)

Como resultado, em 2024, o Santos não vai disputar a Série A nem a Copa do Brasil (Raul Baretta/ Santos FC)

O Santos está na Série B. Marcelo Fernandes não conseguiu impedir a queda gerada pelo planejamento mal executado pelo presidente Andres Rueda. O alicerce foi a nomeação de Paulo Roberto Falcão como executivo de futebol. Alexandre Gallo tentou consertar o estrago, mas já era tarde demais. Perdeu os três jogos finais contra Fluminense, Athletico-PR e Fortaleza. Uma queda merecida.

O passado condena 

Andres Rueda não é o único culpado. Após os anos de ouro com Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, de 2010 a 2013, o clube teve uma sequência de gestões deficientes com Odílio Rodrigues, Modesto Roma Júnior, José Carlos Peres e Orlando Rollo. Todos pavimentaram o caminho do desastre. Nada é por acaso. A saída agora é se reerguer. E evitar vacilos no próximo Paulistão e na Série B.

FRASE

"Não vou me despedir de ninguém"

Abel Ferreira, sobre uma possível saída do Palmeiras

Permanência

Contratado no dia 5 de novembro de 2011, Abel Ferreira contabiliza 226 jogos e nove títulos no banco de reservas do Palmeiras. Trouxe conceitos do futebol europeu, estabeleceu novas conexões com a torcida e chegou a fazer parte do rol de cotados para assumir a Seleção Brasileira. É natural que a presidente Leila Pereira faça o possível e o impossível para segurá-lo. Se vai conseguir o objetivo é outra conversa.

Desconfiança

Evidente que é uma estratégia para blindar os jogadores, mas o único ponto que merece reparo é a relação de Abel Ferreira com os jornalistas. Sempre com uma postura defensiva, parece querer encontrar uma "teoria da conspiração". Fica algo cansativo.

Craque

O bicampeonato palmeirense tem o DNA e a digital de Endrick. Inventivo, habilidoso, rápido e com personalidade, só existe a garantia de que ele sequer começou sua trajetória. Se sustentar a produtividade no Real Madrid, será um dos protagonistas da Copa do Mundo de 2026.

Contas

O centroavante Eliel pode sair da Ponte Preta. Não há como esconder a necessidade de quitar as contas no Estádio Moisés Lucarelli. E jogadores como Eliel, Felipe Amaral e Léo Naldi viram moeda de troca. Simples assim.

Salvação

Mesmo que indiretamente, o trabalho nas categorias de base virou uma tábua de salvação na Ponte Preta. Bem ou mal, existe um caminho para buscar arrecadação e sobrevivência no mundo do futebol.

Avaliação

Enquanto isso, o Guarani patina nas divisões de base. Não revela ninguém relevante. Não tem perspectiva positiva para a Copa São Paulo. O time pode surpreender e levantar o troféu? Pode. Mas não é esta a tendência apresentada.

Alternativa

Em um mundo normal, o Guarani não deveria se preocupar com a reposição dos zagueiros. O time Sub-20 e o zagueiro Titi fariam a reposição. Essa foi a metodologia do passado e que projetou gente como Júlio César e Amaral. E hoje? Quem pode recolocar o Guarani na rota do sucesso? Que a resposta apareça.

Choro de perdedor

John Textor enviou relatório para a Confederação Brasileira de Futebol, de acordo com informações do SporTV. De maneira resumida, o documento afirma que o futebol está corrompido no Brasil e que o rebaixamento deveria ser cancelado. Em 2024, a sugestão do dirigente é realizar um Campeonato Brasileiro com 24 equipes. Só um detalhe: os times serão os mesmos e os árbitros idem, assim como a entidade responsável pela realização do certame continuará sendo a CBF. Pergunta: as medidas propostas por Textor serão suficientes para supostamente limpar o futebol brasileiro em menos de um ano? Traduzindo: choro de perdedor. 

Dinheiro não é tudo 

O Bahia ganhou do Atlético Mineiro por 4 a 1 e comemorou como se fosse um título de Copa do Mundo a permanência na Série A. O Vasco, tradicional e com possibilidades de fontes de receita, conseguiu a permanência na última hora ao vencer o Red Bull Bragantino por 2 a 1. São times tradicionais, com torcidas gigantes e com títulos no currículo. Moral da história: o Brasileirão continuará cada vez mais acirrado e equilibrado. Camisa não será suficiente para ganhar jogo. Sem dirigentes competentes e antenados com as novas tendências do futebol, o sofrimento é garantido.

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