Pressões

Com a proximidade dos campeonatos estaduais, no final do mês, os torcedores pressionam por bons elencos. E a exigência não é excluída para executivos de futebol que atuam em clubes de médio ou pequeno porte. Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (ABEX), Edgard Montemor, os obstáculos são imensos. “Quando você trabalha em um time de grande torcida, as dificuldades são maiores, especialmente (em relação) às redes sociais”, disse à coluna.

Influência

Montemor, atualmente executivo de futebol da Portuguesa de Desportos, afirma que os dirigentes levam muito em consideração o que é dito pelos torcedores nas redes sociais e isso produz obstáculos na gestão dos executivos que atuam em clubes de médio e pequeno porte, como Ponte Preta e Guarani. “O tipo de pressão que esse torcedor de rede social exerce acaba tendo influência grande nos dirigentes de clubes”, afirmou.

FRASE

"A CBF agradece a Fernando Diniz pelo trabalho realizado e por toda a sua dedicação e seriedade”.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF 

Calendário

Para Montemor, o calendário do futebol brasileiro afeta os clubes de maneira diferente. Existem clubes, segundo ele, que só jogam a parte inicial da temporada e depois ficam em inatividade. Outros, têm um excesso de competições para atuar e isso afeta o planejamento, segundo o dirigente da Lusa e vice-presidente da ABEX. “Seja por um motivo ou por outro, isso afeta negativamente o planejamento”, afirmou.

Dinheiro

Montemor não esquece da parte financeira, dificuldade enfrentada por times com o perfil de Ponte Preta e Guarani. Segundo o dirigente da ABEX, mesmo com a aparição das SAF´s , que deu maior poder financeiro para alguns clubes, ainda assim isso está aquém do poder de clubes do exterior. “Então, no decorrer da competição, nós perdemos jogadores importantes e temos a necessidade de repor essas peças”, disse. Montemor também considera essencial melhorar o relacionamento entre os clubes e os veículos de comunicação

Renovado

De contrato renovado com a Ponte Preta, o armador Élvis, destaque do time, tem expectativa de bom rendimento para a temporada de 2024. “Recebi muitas mensagens de torcedores e meu pensamento sempre foi ficar aqui na Ponte Preta. Eu tenho certeza de que esse vai ser um ano diferente, que vamos lutar muito para conquistar os objetivos da equipe”, disse o camisa 10 pontepretano.

Consciência

O jogador afirmou que tem consciência dos desafios previstos no calendário e que está pronto para auxiliar a Macaca a superá-los. “É o campeonato mais importante do Brasil no primeiro semestre. São grandes equipes e certamente teremos grandes jogos. A Ponte Preta, que tem uma tradição enorme, merece estar entre os melhores e certamente vai lutar para conseguir realizar uma grande competição”, completou.

E os que saíram?

Dos jogadores considerados titulares do Guarani durante a temporada 2023 e que deixaram o clube, apenas Matheus Barbosa e Bruno José tiveram suas situações definidas, por enquanto, para a temporada 2024. O volante acertou sua transferência para o Botafogo de Ribeirão Preto, enquanto o atacante acabou vendido para o Júbilo Iwata, do Japão.

Alan e Lucão

Já os zagueiros Lucão e Alan Santos ainda estão sem clube. O primeiro chegou a receber uma proposta de renovação de contrato por parte do Bugre, mas recusou. Já Alan Santos, no último dia 21 de dezembro, deixou uma mensagem de despedida nas redes sociais. “Obrigado Guarani! Desejo o melhor ao clube e às pessoas que conheci. Deus abençoe!”, escreveu no Instagram o jogador de 35 anos.

Quem paga? 

O meia-atacante Bruninho, que em 2023 defendeu o Guarani, foi devolvido ao Atlético-MG e por enquanto segue no Galo. O Bugre tentou a renovação do empréstimo, mas o clube mineiro só aceita no momento a alternativa de vender o jogador. Cláusula do contrato com o Guarani indicava o valor de R$ 2,6 milhões por 50% dos direitos econômicos do atleta. Será que tem algum clube no mercado disposto a pagar? É um jogador jovem, de 23 anos, e com potencial.