‘Casa de Saúde foi decisiva no momento da pandemia’, afirma Erickson Blun (Kamá Ribeiro)
Com o desmantelamento do estado de bem-estar social, que vigorou desde o fim da Segunda Guerra Mundial até o início da década de 1980, a população se ressente da falta de proteção do Estado. Mesmo assim, o país obteve avanços na gestão de saúde com a universalização do SUS. Obviamente, quando o assunto é saúde, nada parece estar concluído e sempre haverá algo a ser aperfeiçoado. Contudo, comparado a outros rincões por este país afora, Campinas possui uma das melhores redes públicas de atendimento médico. São 63 centros de saúde em diversos bairros, com amplo espectro de operação, desde doenças de notificação compulsória até acolhimento ambulatorial, sem falar nos hospitais públicos. Durante a pandemia da covid-19, as autoridades sanitárias municipais garantiram a execução de um eficaz programa de imunização em massa, protegendo praticamente toda a população adulta contra essa terrível doença.
Não é de hoje que a cidade é referência em medicina. Agora, segundo uma análise técnica revelada com exclusividade ao nosso jornal pelo médico cirurgião Erickson Blun, em entrevista publicada neste último domingo, Campinas será o principal polo de saúde do Brasil nos próximos cinco anos. Na visão do especialista, a cidade é dotada de profissionais de alto gabarito, uma rede de atendimento de excelência e em plena expansão, com capacidade de atrair grandes hospitais, indústrias de equipamentos hospitalares e empresas do ramo farmacêutico. A previsão é sustentada por um dos mais renomados profissionais da área, que acumula vasta experiência clínica e de gestão de negócios na área de saúde pública. Como consultor e estrategista no assunto e participante ativo das reuniões do Instituto Coalizão Saúde, o dr. Blun antevê um futuro bastante promissor neste segmento em Campinas.
O setor de saúde é o oitavo maior mercado do planeta, que abrange uma complexa rede composta por laboratórios, fabricantes de equipamentos hospitalares, operadoras de planos de saúde, hospitais, empresas de emergência médica, centros clínicos, dentre outros. E os desafios são inúmeros: envelhecimento da população, fragmentação do setor, média de leitos por hospitais deficitária, inovação tecnológica especialmente na área de telemedicina. A vinda de novas estruturas de atendimento hospitalar, previstas pelo dr. Blun, deverá ampliar a capacidade de atendimento médico da região, do país e até do exterior, potencializando a vocação da cidade para se transformar no principal HUB de saúde do Brasil.
