Pelé, o Atleta do Século 20 (Ricardo Stuckert/ CBF)
Pelé está eternizado na memória do torcedor brasileiro. Atleta do Século 20. O responsável por conectar a camisa 10 com a excelência do futebol. Transformou uma equipe de porte médio, o Santos, em uma potência. Fez a Seleção Brasileira chegar ao olimpo da bola. Seu legado é eterno.
Pelé, a lenda dos recordes
Seus feitos são inesquecíveis . O homem que marcou 1282 gols. Tricampeão do mundo pela Seleção Brasileira. Bicampeão Mundial Interclubes com o Santos. O desbravador do futebol nos Estados Unidos. Um homem capaz de parar uma guerra e trabalhar pela paz mundial.
FRASE
"Nunca rezei para vencer um jogo, mas pedia sempre para que não acabasse 0 x 0”
Pelé, o Atleta do Século 20
Pelé é Pop
Pelé foi ícone cultural. Participou de obras no teatro, cinema, música e televisão. No cinema, sua participação inicial foi no filme “O Rei Pelé”, de 1962. Nove anos depois, Pelé fez uma participação especial no filme O Barão Otelo no Barato dos Bilhões. Pelé trabalhou como ator em filmes como Os Trombadinhas (1979), Fuga para Vitória (1982), Pedro Mico (1985) e Os Trapalhões e o Rei do Futebol (1986).
Documentários
Pelé foi foco do documentário “Isto É Pelé”, de 1974. Outro produto foi “Pelé Eterno”, produzido em 2004 e de autoria de Aníbal Massaini Neto. Outro trabalho foi “Cine Pelé”, de 2011 e de autoria de Evaldo Mocarzel. O documentário mais recente é “Pelé”, feito em 2021, veiculado pela Plataforma de Streaming Netflix e dirigido por David Tryhorn e Ben Nicholas.
Pelé em novela
Pelé foi ator de telenovela. Em 1969, ele atuou em “Os Estranhos”, na extinta TV Excelsior. O ex-jogador era Plínio Pompeu, um escritor de sucesso que morava numa ilha distante. Certo dia, ele conhece e faz amizade com seres extraterrestres do planeta Gama Y-12. Na época, Pelé conciliava as gravações da novela com os jogos do Santos. Pelé fez ainda uma participação especial na novela “O Clone” (2001/2002), de autoria de Glória Perez.
Pelé na política
Pelé teve posições políticas importantes. Em 1984, ele apoiou o movimento Diretas Já. Ele reafirmou seu posicionamento ao posar para uma foto publicada na Revista Placar. Ele vestia uma camisa que tinha os dizeres da campanha: “Diretas Já”.
Ministro revolucionário
Pelé voltou à ribalta política em 1995. O então presidente da República Fernando Henrique Cardoso nomeou o ex-jogador para o Ministério Extraordinário dos Esportes. Na sua gestão (1995/1998), Pelé garantiu direitos trabalhistas aos atletas profissionais. A Lei Pelé foi sancionada no dia 25 de março de 1998.
Pelé nos bastidores
Pelé foi protagonista nos bastidores do futebol. Em 1974, Pelé apoiou João Havelange na eleição da Fifa. Havelange foi eleito.
O homem que parou uma guerra
O feito de Pelé ocorreu na Guerra da Biafra, que durou de 1967 a 1970. O conflito provocou a morte de mais de dois milhões de pessoas e envolvia dois grupos étnicos da Nigéria. O Santos enfrentou o Benin City e venceu por 2 a 1, com gols de Edu e Toninho Guerreiro. O confronto foi presenciado por 10 mil pessoas.
Despedidas históricas
Pelé se despediu da Seleção Brasileira em em 1971, e do Santos em 1974. Quando parecia abraçar a aposentaria, um novo desafio: em 1975, Pelé aceitou convite do Cosmos de Nova York para reforçar a equipe e popularizar o futebol nos Estados Unidos. Foi campeão americano de soccer em 1977, ano de sua aposentadoria definitiva.
Os embates com sucessores
Pelé viveu polêmicas familiares e discussões públicas com desafetos, como Maradona e Romário. Mas estabeleceu pontes de conciliação. Mostrou gentileza ao mandar flores na morte do argentino. Disse ter perdido um amigo quando Diego Maradona morreu em novembro de 2020. Neste final de ano, o mundo chora a sua morte.
Ponte Preta faz reverência ao eterno Camisa 10
Em suas redes sociais, a Ponte Preta lamentou a morte de Pelé: “Obrigado Pelé! Obrigado por tanto. Foi um prazer te reverenciar, te enfrentar e te ver com o manto sagrado. Seu legado jamais será esquecido. Descanse em paz, Rei!”
Guarani homenageia
O Guarani lamentou o falecimento do Rei do Futebol. A mensagem foi: “Com profundo pesar, o Guarani Futebol Clube lamenta o falecimento do maior de todos os tempos e do eterno camisa 10 do futebol mundial, Edson Arantes do Nascimento, nesta quinta-feira (29)”. Curiosamente, os dois últimos gols de Pelé com a camisa do Santos foram contra o Guarani em 1974, no Brinco de Ouro. O jogo terminou 2 a 2.
Pelé e os intelectuais
O dramaturgo Nelson Rodrigues foi o primeiro a tratar Pelé com o título de “O Rei do Futebol”. Pelé teve a reverência de escritores e intelectuais. O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Marcar mil gols como Pelé é fácil. Marcar um gol como Pelé é muito difícil”.
ELIAS AREDES, INTERINO
