EDITORIAL

Os institutos de pesquisa perderam!

Do Correio Popular
04/10/2022 às 11:29.
Atualizado em 04/10/2022 às 11:29
Bolsonaro não apenas superou Lula em Campinas como o derrotou em todas as zonas eleitorais, com 49,07% ante os 39,78% do PT (Miguel SCHINCARIOL e Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Bolsonaro não apenas superou Lula em Campinas como o derrotou em todas as zonas eleitorais, com 49,07% ante os 39,78% do PT (Miguel SCHINCARIOL e Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

A avalanche de resultados surpreendentes no primeiro turno das eleições gerais de 2022, com a expressiva votação dos partidos identificados com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e as correntes à direita do espectro político, trouxe uma verdade inexorável: as pesquisas eleitorais, que davam uma margem folgada ao candidato Lula (PT) sobre o seu adversário, demonstraram ser uma falácia retumbante. A sucessão de erros grosseiros cometidos por todos os institutos neste escrutínio nos confere o direito de chegar a duas conclusões: ou o tecido eleitoral brasileiro sofreu mudanças não captadas pela metodologia de amostragem e abordagem pré-históricas e defasadas aplicadas por essas organizações ou interesses escusos, inconfessáveis e corruptos alimentam a fabricação desses números, visando a manipular o resultado do pleito. De todo modo, Datafolha, Globo, Band, Ipec, Genial Quaest, Ipespe, entre outros, devem uma explicação à sociedade. O difícil será crer nas justificativas, caso elas existam.

Por outro lado, mais espantoso, ainda, é o espetáculo, quase circense, protagonizado por um grupo de forasteiros do Vale do Paraíba - que ignora a história e geografia da nossa cidade. Caso contrário, não cometeria a gafe de vender um jornal com um título totalmente incongruente com a topografia local. Pois bem, esse veículo de comunicação se aventurou a fazer pesquisa eleitoral no município, revelando a sua incompetência ou absoluta má-fé. Também, pudera, de alguém que se compara a um carro que simboliza a cafonice da aristocracia inglesa decadente não poderíamos esperar coisa melhor.

Segundo a pesquisa de intenção de votos com 800 pessoas consultadas em Campinas, Lula liderava as intenções de voto para presidente com 52,17% dos votos válidos, contra 36,7% de Bolsonaro. No mesmo levantamento, Fernando Haddad (PT) triunfava com 27,47% sobre o seu oponente Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 17,85%, seguidos por Rodrigo Garcia (PSDB) com 11,36%. No entanto, Bolsonaro não apenas superou Lula em Campinas como o derrotou em todas as zonas eleitorais, com 49,07% dos votos válidos ante os 39,78% obtidos pelo petista - uma diferença de 10%. Por seu turno, Tarcísio bateu Haddad por 46,13% frente aos 36,74% alcançados pelo petista na cidade. São diferenças brutais que, mesmo com a margem de erro dessa "enquete maliciosa" do Vale do Paraíba, de 3,5%, em nada coadunam com o pretensioso grau de confiabilidade de (pasmem!) 95% sugerido por eles. A propósito, não seria 5%?

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