EDITORIAL

Os benefícios do PIDS para Barão Geraldo

Do Correio Popular
11/11/2022 às 13:32.
Atualizado em 11/11/2022 às 13:32
Trânsito congestionado na Avenida Albino J. B. de Oliveira no Distrito de Barão Geraldo, no final da tarde de ontem: congestionamentos são comuns e constantes nos horários de pico (Gustavo Tilio)

Trânsito congestionado na Avenida Albino J. B. de Oliveira no Distrito de Barão Geraldo, no final da tarde de ontem: congestionamentos são comuns e constantes nos horários de pico (Gustavo Tilio)

As semelhanças entre o polo de alta tecnologia campineiro e o vale do silício norte-americano são comumente lembradas nos fóruns de debate econômico. Guardadas as devidas proporções dessa comparação, é inegável que a vocação da cidade no campo tecnológico e científico requer um amplo planejamento urbano estratégico e de longo prazo. Posto isso, o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) faz todo sentido. Uma vez implantado, ele terá o potencial de se tornar o novo vetor de prosperidade econômica do município e região. Previsto para ser instalado no território onde se localizam as duas universidades - Unicamp e PUCCampinas - e mais o Polo de Alta Tecnologia (Ciatec 2), o nosso "Vale do Silício" beneficiará, sobretudo, Barão Geraldo. Os ganhos são imensuráveis. Contudo, é possível antecipar alguns progressos na mobilidade urbana, adensamento demográfico, expansão econômica e preservação da área de proteção ambiental de 17 milhões de metros quadrados.

Em uma entrevista exclusiva publicada na edição de hoje do nosso jornal, a secretária municipal de Planejamento e Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat Lazinho, explica, em detalhes, os planos do atual governo para incentivar a instalação de centros de pesquisa e empresas de vanguarda no âmbito do PIDS. A Administração discute com a sociedade mudanças nas regras de zoneamento e uso do solo que permitam a ocupação mista, autorizando a edificação de imóveis residenciais, comerciais e industriais em Barão Geraldo. Carolina reforça que é imprescindível a implementação do uso misto, a fim de possibilitar uma concentração demográfica local, com características e finalidades laborais, de moradia, prestação de serviços, comércio e espaços de lazer, sem prejuízo do meio ambiente.

A elaboração do PIDS abarca experiências bem-sucedidas de cidades inteligentes em outros países, de modo a promover o assentamento racional e sustentável do homem em equilíbrio com a fauna e flora. Tanto que, no final de setembro, uma comitiva formada por representantes da Prefeitura, Unicamp e PUC-Campinas esteve na Coreia do Sul, com o objetivo de conhecer projetos semelhantes. Assim, a ideia é estimular o uso de calçadas drenantes, a utilização de energia solar, construção de avenidas largas e modais de transporte alternativos, como ônibus, carros e bicicleta. Tudo isso permitirá, inclusive, melhorar o fluxo viário na região de Barão, um dos maiores gargalos enfrentados atualmente pelos moradores. Que venha o PIDS!

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