O voto a favor dos interesses da RMC

Faltando 14 dias para o primeiro turno das eleições, é hora de escolher as pessoas que irão conduzir os destinos da nação e representar a Região Metropolitana de Campinas (RMC) em Brasília e São Paulo nos próximos quatro anos. Num pleito polarizado como este, é normal que as atenções se concentrem na disputa pelos cargos majoritários - especialmente o de presidente da República. Entretanto, tão importante quanto escolher quem governará o país é eleger os nossos representantes na Câmara Federal e Assembleia Legislativa, dado que o atendimento às pautas e demandas locais depende da qualidade e comprometimento dos políticos eleitos.

Em 2018, postulantes oriundos de outros rincões conquistaram resultados eleitorais expressivos na RMC. Apenas para se ter uma ideia, os concorrentes a deputado federal e estadual mais votados em Campinas mal conheciam a região e tampouco são naturais ou tiveram qualquer passagem, mesmo que transitória, por essas terras. Além disso, eles obtiveram o dobro dos votos dos pleiteantes regionais melhor classificados. Sim, o eleitor tem o direito de fazer as suas escolhas. No entanto, vale reforçar que o voto é o único instrumento de participação popular que dispomos para exercer a nossa soberania e defender os interesses da cidade que nascemos ou escolhemos para viver, trabalhar e criar nossas famílias. Por isso, é fundamental exercermos o sufrágio universal conscientemente.

Dia 2 de outubro, os brasileiros vão às urnas eletrônicas para digitar o seu voto para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. Agora, cabe uma reflexão sobre que tipo de escolhas faremos daqui a duas semanas e quais serão os impactos e consequências delas no cotidiano do cidadão. Vale lembrar que as verbas para a construção de hospitais, escolas e implantação de sistemas de transporte, como o BRT, e obras de contenção de enchentes, dependem da destinação de recursos do orçamento da União e Estado. 

Isso posto, não é necessário esforço para se perceber a importância de elegermos representantes próprios no Congresso e Assembleia para defender os interesses e demandas da RMC. Ao votarmos em candidatos de outras localidades, que não conhecem e não possuem compromisso com a região, arriscamo-nos a renunciar ao direito de termos legítimos e leais deputados comprometidos com nossas causas. Enfim, o nosso jornal conclama o eleitor da RMC a refletir sobre essas considerações, de modo a dar preferência aos candidatos a deputado federal e estadual regionais. Bom domingo!