editorial

O futuro da telemedicina em debate

Do Correio Popular
23/06/2022 às 23:20.
Atualizado em 24/06/2022 às 08:36
Especialistas se reúnem nesta sexta-feira para debater a introdução da telemedicina nas redes pública e privada (Divulgação)

Especialistas se reúnem nesta sexta-feira para debater a introdução da telemedicina nas redes pública e privada (Divulgação)

Com a presença do prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), uma equipe de aproximadamente 100 especialistas se reúne nesta sexta-feira para debater a introdução da telemedicina nas redes pública e privada de unidades básicas, prontos-socorros, hospitais e ambulatórios de especialidades existentes na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O encontro, organizado pelo grupo de Líderes Empresariais (Lide), reflete o estágio avançado das discussões a respeito da implantação do sistema de suporte remoto de consultas, exames médicos e procedimentos hospitalares na região.

Antes da pandemia, a telemedicina ainda era vista com certa reserva quanto à sua efetividade e resultado prático. Contudo, à medida que esse formato foi, obrigatoriamente, testado e colocado em ação, devido às medidas de distanciamento social, os questionamentos e desconfianças a respeito da sua viabilidade foram diminuindo, a ponto de, atualmente, não restarem muitas dúvidas sobre as vantagens e custo-benefício favorável desse método.

A principal constatação reside no fato de que a telemedicina é um formato de consulta que vai muito além de uma mera ligação ou chamada de vídeo entre médico e paciente. Ela compreende uma base de informação, sistema de redes e proteção de dados, entre outros fatores, sendo extremamente importantes para garantir a segurança do paciente e eficiência do atendimento. Essa percepção é compartilhada hoje pela maioria dos profissionais de saúde.

Recomendada para quadros clínicos de menor gravidade, como uma cefaleia, por exemplo, o sistema remoto possibilitará a redução de alguns gargalos crônicos, bastante recorrentes na rede pública e até na particular, como as longas e extenuantes filas de espera de consulta, desafogando, assim, os espaços destinados ao atendimento presencial. Além disso, a consulta on-line possibilitará ao médico o acesso a todo o histórico do paciente, mantendo o mesmo grau de eficiência nos procedimentos clínicos.

Além de reduzir as filas, o usuário contumaz da rede pública de saúde, cujo perfil é comumente marcado pela vulnerabilidade social e econômica, economizará o suado dinheiro com o uso do transporte público no deslocamento de sua residência até a clínica. Em suma, vale destacar que a utilização das tecnologias digitais no serviço de Saúde é uma oportunidade de levar a medicina de alta qualidade à população que, de outro modo, não teria acesso. A telemedicina chegou para ficar!

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