Luta contra o racismo

Em entrevista coletiva realizada na tarde de ontem, o atacante Vinicius Junior mostrou que a luta contra o racismo lhe deixou marcas. Falou de modo emocionado que os constantes ataques lhe tiram a vontade de jogar e que até pensou em desistir de ficar no Real Madrid, mas chegou à conclusão de que isso daria força aos racistas. O fato é que a cada jogo que entra em campo ele trava uma batalha em duas frentes: contra os adversários e os inimigos ocultos nas arquibancadas.

Maturidade

O que espanta é um garoto de 23 anos demonstrar tamanha maturidade e força mental para superar tantas adversidades. A cada dia, o atacante, revelado pelo Flamengo, demonstra ser a pessoa ideal para substituir Neymar como protagonista da Seleção Brasileira. Com uma diferença: ele tem plena consciência do seu papel e da responsabilidade que um ídolo da seleção brasileira adquire junto a milhões de pessoas, em especial crianças e jovens.

FRASE

“O Endrick é um bom atacante. Com certeza, podemos esperar muito dele no futuro”.

Romário, ex-jogador de futebol

Medidas práticas
Os veículos de comunicação bradam e fazem coro às reclamações de Vinicius Junior, mas também deveriam colocar luz em outros aspectos presentes no futebol nacional. Um exemplo: Carlos Vitor é a principal surpresa do futebol nacional em 2024. Dirige o Nova Iguaçu, finalista do Campeonato Carioca. Só que até agora não existiu qualquer especulação sobre propostas de mercado. Carlos Vitor é negro. Assim como o ex-volante Andrade, que foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 2009 e nunca mais teve uma chance efetiva de demonstrar o seu potencial.

Medidas práticas 2
Enquanto isso, Thiago Carpini, vice-campeão paulista com o Água Santa em 2023, em poucos meses teve uma proposta do Juventude e conseguiu o acesso mesmo com altos e baixos. E antes que acertasse com o tricolor paulista, recebeu proposta do Santos. Carlos Vitor viverá a mesma lua-de-mel que Carpini? Pelo tratamento dispensado aos técnicos negros, dificilmente receberá tanta atenção.

Vitória
Atletas da Ponte Preta do Futsal Down, Rafael Gava e Renato Gregório são tricampeões mundiais pelo Brasil. A decisão ocorreu ontem, quando o time brasileiro derrotou a Turquia, por 7 a 4, pela decisão do Mundial de Futsal Down, em Antalya, na Turquia. Foi o terceiro título consecutivo da seleção brasileira. Melhor do mundo três vezes (nos anos de 2018, 2022 e 2024), Renato Gregório marcou 29 gols em seis jogos, incluindo seis na final contra a Turquia, e recebeu o prêmio de craque do campeonato. 

Bastidores
Quem estaria orientando o Guarani no mercado para a disputa da Série B? Nos bastidores, a informação é de que profissionais com conhecimento no ramo estão auxiliando o clube nas contratações de jogadores. Rodrigo Pastana, que o Guarani dispensou em junho do ano passado, seria um desses nomes. O clube já teria tentado trazer de volta o executivo, que hoje atua no grupo que trabalha para o Grêmio São-Carlense.

Recuperado
Apesar de o atacante Renyer ter um histórico de lesões, o ex-santista mostrou já estar recuperado das graves contusões que teve no joelho direito. No ano passado, quando retornou aos gramados depois de sofrer a segunda lesão em sequência, o novo reforço do Guarani chegou a marcar 16 gols em 26 jogos pela base santista. 

Chay
A expectativa do torcedor bugrino fica para o desempenho de Chay nesta Série B. Depois de chegar ao clube com resquícios de lesões recentes, o meia-atacante passou por um trabalho específico de recuperação. Pela sua qualidade técnica e livre das dores, o jogador tem todas as condições de ser o diferencial da equipe na sequência da temporada.

Libertado

O meio-campista sul-coreano Son Jun-ho deixou a China e já está em seu país de origem após passar quase um ano preso no país vizinho, informou ontem o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul. Jun-ho, que já defendeu a seleção sul-coreana, havia sido preso por suspeita de corrupção. As autoridades da Coreia do Sul anunciaram que o jogador já se encontra no país nesta segunda, mas não revelaram maiores detalhes sobre o caso. O ministério não confirmou quando aconteceu a viagem de volta.

COLABORARAM: ELIAS AREDES E SILVIO BEGATTI