Lucas Drubscky (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
A quinta-feira foi marcada pela repercussão das palavras do ex-superintendente de futebol do Guarani, Lucas Drubscky. Na quarta-feira, o ex-dirigente remunerado, agora no Ceará, afirmou que a diretoria lhe requisitou a permanência na Série B. Após a divulgação da declaração, Drubscky tentou se explicar. “Desde o dia que pisei no Guarani em momento algum faltou energia por parte de todos para buscar voos maiores”, disse Drubscky.
Ineficiência pontepretana
Enquanto o Guarani enfrenta a fúria de sua torcida, na Ponte Preta o quadro não é muito diferente. Uma parte do elenco já não tem contrato com o clube e, por enquanto, não há nenhuma notícia sobre como será feita a reposição. O zagueiro Fábio Sanches, o armador Elvis e o atacante Pablo Dyego estão livres no mercado. Como será o planejamento? A Diretoria Executiva não fala. Preocupante.
FRASE
“Eu não tenho dúvida sobre o tamanho da força do torcedor do Guarani”
Do novo superintendente de Futebol do Guarani, Juliano Camargo.
Justificativa
Por intermédio de sua assessoria de comunicação, o Conselho de Administração do Guarani divulgou no início da tarde de ontem, quinta-feira, um texto em que enumerava vários feitos do atual Conselho para confirmar que existia interesse em buscar o acesso na Série B.
Argumentos
Entre as informações que constavam, e que nunca foram divulgadas à torcida e aos veículos de comunicação, estava a promessa de um prêmio de R$ 5 milhões pelo acesso para ser dividido entre os jogadores, funcionários e integrantes da Comissão Técnica. Também é citado o esforço para a contratação de Umberto Louzer, campeão pela Chapecoense na Série B de 2020.
Recuo
A reportagem do Correio perguntou à assessoria de comunicação quem era o autor do texto laudatório. Se do Conselho de Administração ou de algum componente da Diretoria. Coincidência ou não, minutos depois, o texto foi apagado do grupo voltado aos veículos de comunicação e que está inserido em um aplicativo de mensagens.
Com todo o gás
Alheio à discussão, o novo superintendente de futebol do Guarani, Juliano Camargo, acredita que pode fazer um bom trabalho na temporada de 2024. “O Guarani vem fazendo boas competições e buscando algo a mais. Sempre brigou pelo acesso nos dois últimos anos. É um clube paulista e todo mundo queria estar neste centro. O clube vai dar as condições. Temos condições de sermos competitivos”, prometeu.
Saideira
Alguns jogadores da Ponte Preta reconstruíram sua credibilidade perante a torcida na reta final da Série B e ficaram com uma imagem melhor. Um deles é o atacante Igor Torres, com atuações decepcionantes em boa parte da Série B, mas que sob o comando de João Brigatti exibiu muita luta e superação nos jogos decisivos da reta final.
Criatividade
Ramon Carvalho, cujo contrato termina em 31 de dezembro, foi importante para incrementar o setor de criação e fazer uma parceria com Elvis que foi fundamental para vencer Tombense e CRB e empatar com o Juventude na reta final da Série B.
Mistério
Por outro lado, é um mistério a queda de produção do zagueiro Thiago Oliveira. Após surgir como promessa na Série B de 2021, o jogador sofreu com lesões e quando retornou aos gramados nunca correspondeu à expectativa. O seu contrato termina no dia 31 de dezembro de 2025.
Quem manda
As especulações sobre contratações e dispensas na Ponte Preta estão centralizadas em uma pessoa: o presidente da Diretoria Executiva, Marco Antonio Eberlin. A esperança da torcida é que ele tome as decisões mais coerentes.
Sem concorrentes
O Palmeiras está com 66 pontos e próximo de mais um título brasileiro. Graças à sua eficiência e à incompetência do Botafogo (RJ). E mais: a hegemonia no Estado de São Paulo não tem hora para acabar. Nas últimas competições, o Santos foca em fugir do rebaixamento. O Corinthians está às voltas com dívidas e disputas políticas. O São Paulo tem limitações técnicas em seu elenco, não tem fôlego para uma competição de pontos corridos. Abel Ferreira ri à toa.
Elias Aredes, interino