XEQUE-MATE DO ESPORTE

Índio

Paulo Reda
08/06/2024 às 12:32.
Atualizado em 08/06/2024 às 12:32
Volante Índio (Rede social)

Volante Índio (Rede social)

O volante Índio, que joga no Operário-PR, adversário de hoje do Guarani, teve uma passagem curiosa pelo futebol de Campinas. Contratado pela Ponte Preta em 2019, ele teve que abdicar do apelido, já que Índio é o símbolo do rival. No Majestoso, foi chamado pelo seu nome, Bruno Reis. Em 2021, o volante trocou a Ponte pelo Guarani, e o apelido, então, passou a ser ostentado com orgulho. No Brinco de Ouro, atuou por dois anos e fez 67 jogos.

Índio 1

Mas o ex-bugrino Índio não enfrenta o Guarani, seu ex-clube, hoje. O volante desfalca o Operário-PR, pois cumpre suspensão pelo acúmulo de cartões. Além de Índio, o clube de Ponta Grossa tem no elenco outros cinco jogadores que já passaram pelo Brinco de Ouro: Ronaldo, Maxwell, Cássio Gabriel, Pará e Gabriel Mesquita. Todos estão à disposição do técnico Rafael Guanaes para a partida de hoje.

a frase

"Todo mundo que joga bola sonha em vestir a camisa da Seleção, mas confesso que foi um pouco mais rápido do que eu sonhava”.
Beraldo, zagueiro do PSG e da Seleção Brasileira

Retrospecto 

O Guarani faz hoje seu nono jogo na história contra o Operário-PR. No retrospecto, são seis vitórias e duas derrotas a partir de 2019, com 15 gols marcados e sete sofridos. Todos os duelos foram válidos pela Série B. O último aconteceu em 2022, quando a equipe de Campinas venceu por 1 a 0, fora de casa, no dia 13 de setembro. O Operário-PR voltou à Série B este ano.

Rescisão 

A rescisão de contrato da Vaidebet com o Corinthians e as denúncias produzidas pelo contrato geraram um efeito dominó no clube, com a demissão de dirigentes e colocação do presidente Augusto Mello na berlinda. Surge uma oportunidade para discutir e refletir sobre os limites impostos pelos clubes aos veículos de comunicação que cobrem os clubes. O jornalismo esportivo investigativo é prejudicado e fatos negativos deixam de ser divulgados.No passado, certamente quem daria uma informação de tal magnitude não seria apenas o jornalista Juca Kfouri, mas todos os que acompanhassem o dia a dia. Está comprovado que o atual modelo pode ser ótimo aos clubes, mas é péssimo para aqueles que são a razão de ser e de viver do futebol: os torcedores.

Péssimo negócio 1

De certa forma, o enredo vivido no Corinthians é filme repetido. Em junho de 2019, a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os investigadores ouviram as pessoas relacionadas à agremiação. Foram colhidos depoimentos de funcionários e ex- funcionários, dirigentes e prestadores de serviços que realizaram transações com o clube. Tudo foi detonado a partir de uma denúncia feita pelos jornalistas Rodrigo Capelo e Gabriela Moreira, do Grupo Globo. Ambos não eram setoristas do Cruzeiro. Resultado: o time mineiro ficou três edições na Série B, viu a dívida explodir e chegar a R$ 1 bilhão e virar SAF e cair nas mãos de Ronaldo Nazário, que vendeu posteriormente ao empresário Pedro Lourenço. Apesar dos obstáculos para acompanhar os problemas existentes nos clubes brasileiros, ainda há casos que dão esperança. Em março deste ano, o ex-presidente do Internacional RS, Vitório Piffero, foi condenado à prisão em virtude de um esquema de corrupção detectado durante sua gestão, entre os anos 2015 e 2016. O ex-dirigente terá que cumprir uma pena de 10 anos e 6 meses pelos crimes de estelionato e organização criminosa. Por outro lado, o ex-vice presidente de finanças do clube gaúcho, Pedro Affatato, recebeu uma pena de 19 anos e 8 meses de cárcere pelos crimes que envolvem as contas do tricampeão brasileiro nos anos de 1975,1976 e 1979. Os casos relativos a Corinthians, Cruzeiro e Internacional demonstram que existe muita coisa para ser acompanhada.

Luto

Campeão olímpico nos Jogos de Barcelona de 1992, o ex-jogador de vôlei Pampa morreu ontem, aos 59 anos, em razão de complicações pulmonares após ser submetido à quimioterapia. Ele fazia tratamento contra um linfoma, um tipo de câncer do sistema linfático.André Felippe Falbo Ferreira, mais conhecido como Pampa, estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, desde a metade de abril.Ele foi transferido para a capital paulista após passar 35 dias de internação em outro hospital no Rio de Janeiro. 

COLABORARAM: ELIAS AREDES E SILVIO BEGATTI

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