XEQUE-MATE ECONOMIA / POR ESTÉFANO BARIONI

Fechamento do Mês

Estéfano Barioni
04/10/2022 às 11:45.
Atualizado em 04/10/2022 às 11:45

Ibovespa (Reprodução)

Setembro foi um novo mês de muita volatilidade e de uma boa dose de pânico nos mercados internacionais. Apesar disso, mesmo com muita variação, a bolsa brasileira teve uma ligeira alta. A sinalização de um aperto monetário mais intenso nos Estados Unidos e a degradação econômica na zona do Euro, com aumento das tensões contra a Rússia, avanço da inflação e um agravamento da crise energética no continente pioraram as perspectivas de crescimento econômico mundial.

Ibovespa

O Ibovespa fechou o mês aos 110.037 pontos, com pequena valorização de +0,47% em relação ao mês anterior. Apesar do ganho moderado de setembro, já é o terceiro mês seguido de alta. Com o resultado, a bolsa brasileira acumulou uma alta expressiva de 11,7% ao longo do terceiro trimestre do ano, encerrado em setembro. Em 2022, o Ibovespa acumula alta de +4,97%.

FRASE

"Mantenha seu rosto sempre voltado para a luz do sol e as sombras ficarão atrás de você."

Walt Whitman, poeta norte-americano 

Bolsas Internacionais

As bolsas americanas tiveram perdas muito acentuadas em setembro. O índice Dow Jones da bolsa de NY teve variação de -8,84%, o S&P500 teve queda de -9,34% e a Nasdaq caiu -10,5%. No acumulado do ano, as perdas estão entre -20% e -32% (esse último, no caso da Nasdaq). Na Europa, o índice de referência fechou o mês com queda de -5,66% e as perdas acumuladas no ano já alcançam quase -23%.

Câmbio

O Dólar encerrou o mês com alta de +4,39%, fechando setembro cotado a R$ 5,41. No ano, o dólar acumula queda de -3,12% em relação ao Real. O Euro teve uma pequena recuperação no mês, fechando cotado a R$ 5,29 com alta de +1,49%. No ano, o Euro acumula queda de -16,3% em relação ao Real. A moeda europeia segue pressionada devido aos problemas econômicos e a crise energética que a Europa atravessa e o Dólar deve seguir mais valorizado do que o Euro.

Renda Fixa

Neste mês, a caderneta de poupança teve remuneração de 0,68% (cadernetas com aniversário em 28 de setembro). Com a taxa Selic atualmente cotada a 13,75% ao ano, o DI ofereceu remuneração de 1,07% no mês de setembro. A próxima reunião do Copom acontece no fim do mês, entre os dias 25 e 26 de outubro e, com a continuidade da queda da inflação, deve confirmar a estabilidade na taxa de juros, mantendo a Selic a 13,75% ao ano.

Índices de Rentabilidade

O IRF-M teve alta de +1,40% em setembro, mostrando novo avanço na rentabilidade dos títulos pré-fixados do governo na comparação mês a mês. Com os juros mantidos em patamares elevados, o governo está precisando pagar mais para captar novos recursos. O IFIX, índice de referência para os fundos em investimentos imobiliários, teve leve alta de +0,5% em setembro. Em 2022, o IFIX acumula alta de +7,0%.

Petróleo

O petróleo teve uma nova e extensa queda no mês, fechando setembro cotado aos US$ 85,35 e com variação de -10,76% em relação ao mês passado. Já é o quarto mês consecutivo de queda, devido à expectativa de queda na demanda causada pelo menor crescimento econômico mundial. No terceiro trimestre, o petróleo acumulou queda de -25,7% contribuindo para a queda no preço dos combustíveis e o recuo da inflação no Brasil.

Ouro

O ouro teve nova queda, recuando -2,72% em setembro. Já é o sexto mês seguido de queda do preço do ouro. Mesmo com a perspectiva de tempos difíceis, os investidores estão buscando segurança na renda fixa americana, por conta da elevação dos juros, e não no ouro. O Bitcoin teve outra queda significativa, recuando -4,24% neste mês. Ao longo do ano, o Bitcoin acumula perdas maiores que -52%.

Inflação

A inflação continua em trajetória de queda. O IPCA-15 registrou deflação de -0,37% em setembro, recuando para +7,96% ao ano. O IGP-M fechou o mês também com variação negativa, de -0,95%. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de +8,25%, no menor nível desde junho de 2020. O IPCA de setembro só será divulgado no dia 11 de outubro, mas também deve registrar variação negativa, podendo ficar abaixo de +7,5% no acumulado do ano.

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