XEQUE-MATE ECONOMIA / POR ESTÉFANO BARIONI

Fechamento do Mês

Estéfano Barioni
02/08/2022 às 10:50.
Atualizado em 02/08/2022 às 10:50

O Ibovespa fechou julho aos 103.165 pontos, com valorização de +4,69% em relação ao mês anterior (Diana Cheng/Money Times)

O mês de julho foi marcado por forte recuperação nas bolsas de valores em todo o mundo. A melhoria no sentimento decorre da esperança de que a desaceleração econômica será menos intensa. Os Estados Unidos já entraram em recessão técnica (dois trimestres seguidos de crescimento negativo), mas uma eventual recessão globalizada só aconteceria em 2023 e, de qualquer forma, deve ser mais curta do que o inicialmente previsto.

Ibovespa

O Ibovespa fechou julho aos 103.165 pontos, com valorização de +4,69% em relação ao mês anterior. Apesar do bom resultado do mês, foi insuficiente para reverter a queda verificada em junho, quando o índice recuou -11,5%. Tendo começado o ano aos 104.822 pontos, a bolsa brasileira está quase estável, acumulando uma ligeira perda de -1,58% no acumulado de 2022.

FRASE

“Um único raio de sol é suficiente para afastar muitas sombras.”

São Francisco de Assis 

Bolsas Internacionais

As bolsas americanas também se recuperaram com força no mês de julho. O índice Dow Jones da bolsa de NY teve variação de +6,73%, o S&P500 teve alta de +9,11% e a Nasdaq avançou +12,35%. No acumulado do ano, no entanto, esses mercados seguem com perdas que variam entre -9,6% e -20,8%. Na Europa, o índice de referência fechou o mês com alta de +7,33% e as perdas acumuladas no ano são de -13,9%. 

Câmbio

O Dólar teve leve queda de -0,95% frente ao Real, fechando o mês cotado a R$ 5,19. No ano, o dólar acumula queda de -7,03% em relação ao Real. Isso faz com que o desempenho da Bolsa brasileira, em dólares, seja de quase +6%. O Euro também recuou, fechando o mês de julho cotado a R$ 5,29 com queda de -3,47%. No ano, o Euro acumula queda de -16,25% em relação ao Real. 

Renda Fixa 

Em julho, a caderneta de poupança teve uma remuneração de 0,71% (cadernetas com aniversário em 28 de julho). Com a taxa Selic atualmente cotada a 13,25% ao ano, o DI ofereceu remuneração de 1,08% no mês de julho. A próxima reunião do Copom acontece nesta semana e deve elevar novamente os juros, chegando a 13,75% ao ano. 

Índices de Rentabilidade

O IRF-M teve alta de +1,15% em julho, mostrando que os títulos pré-fixados avançaram ainda mais em sua rentabilidade na comparação mês a mês. O IFIX, índice de referência para os fundos em investimentos imobiliários, teve alta de +0,64% em julho, voltando a ficar quase estável em relação ao começo do ano. Em 2022, o IFIX acumula um leve alta de +0,33%. 

Petróleo

O petróleo encerrou o mês com mais uma queda, estando cotado aos US$ 110,01 e com uma variação de -4,29% em relação ao mês passado. Apesar de ainda existirem restrições de fornecimento, o recuo ocorre pela expectativa de queda da demanda devido ao menor crescimento econômico. Apesar disso, o preço do petróleo acumula alta de 41,24% no ano, mantendo a pressão sobre os preços. 

Ouro

O ouro teve nova desvalorização, registrando queda de -2,0%. É o quarto mês seguido de queda do preço do ouro. As condições econômicas ainda são de aversão ao risco e de busca por ativos seguros, mas as taxas de juros mais altas favorecem o investimento em renda fixa em Dólar e não mais no ouro. O Bitcoin recuperou parte das perdas e teve um salto +32,16% neste mês. Mesmo assim, o Bitcoin acumula perdas de -41,4% em seu valor em 2022. 

Inflação

A inflação dá sinais de recuo. O IPCA-15 ficou em 0,13% em julho, a menor variação dos últimos 12 meses, recuando para 11,39% ao ano. O IGP-M fechou o mês com alta de 0,21%, também a menor variação mensal deste ano, acumulando 10% em 12 meses. O IPCA de julho será divulgado só no dia 09 de agosto, mas também deve recuar em comparação aos outros meses. 

Juros

Mesmo com a inflação dando sinais de recuo, amanhã o Copom deve anunciar um novo aumento na taxa de juros. O mais provável é que a Selic seja elevada a 13,75%. O aumento é necessário para consolidar o processo de controle dos preços, zelando pela estabilidade monetária, e também para manter o diferencial de juros com as principais economias, mantendo o equilíbrio cambial.

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