XEQUE-MATE DA ECONOMIA

Fechamento de Novembro

Estéfano Barioni
03/12/2023 às 11:07.
Atualizado em 03/12/2023 às 11:07
Fechamento (Divulgação)

Fechamento (Divulgação)

Novembro foi um mês de euforia nos mercados financeiros, em que praticamente todos os ativos se valorizaram. Depois de sofrer baixas importantes registradas em outubro, no mês passado o clima de otimismo tomou conta e as bolsas tiveram resultados positivos muito expressivos, no Brasil e no mundo. A possibilidade de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros já no primeiro semestre do ano que vem reforçou o sentimento de otimismo e as apostas no crescimento.

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o mês de novembro aos 127.331 pontos, com forte valorização de +12,54% em relação ao mês anterior. Com o forte impulso do mês, a alta acumulada neste ano no principal índice da bolsa brasileira alcança +16,04%, com grande parte desse resultado tendo sido obtida nos últimos seis meses. Atraindo um grande volume de recursos, especialmente de investidores internacionais, novembro foi o melhor mês para a bolsa brasileira dos últimos 3 anos.

FRASE

"Passe cada dia tentando ser um pouco mais sábio do que você era quando acordou"

Charlie Munger, ex-empresário norte-americano

Bolsas Internacionais

As principais bolsas internacionais também tiveram fortes altas. O índice Dow Jones, de indústrias mais tradicionais, teve alta de +8,77% no mês, o S&P500 teve ganhos de +8,92% e a Nasdaq, formada pelas empresas de alta tecnologia, teve alta de +10,70%. Na Europa, o índice de referência fechou o mês com ganhos de +7,91%. No acumulado deste ano, todas essas bolsas apresentam ganhos, com +18,97% para o S&P500, +35,92% para a Nasdaq, e +15,52% para o índice europeu.

Câmbio

No câmbio, o Real se valorizou em relação ao Dólar, favorecido pelo grande fluxo de entrada de investimento estrangeiro na bolsa brasileira. Em novembro, o Dólar teve queda de -2,41% frente ao Real, encerrando o mês cotado aos R$ 4,94. No ano, o Dólar acumula queda de -5,41%. Já o Euro teve alta de +0,75% frente ao Real, fechando o mês passado aos R$ 5,39. No ano, o Euro acumula queda de -3,30% em relação ao Real.

Renda Fixa

No mês passado, a caderneta de poupança teve remuneração de 0,60% (cadernetas com aniversário em 28 de novembro). Na primeira semana de novembro, a Selic foi reduzida a 12,25% ao ano, e o DI ofereceu rentabilidade de 0,92% no mês. Ao longo deste ano, o DI já acumulou uma rentabilidade bruta de 11,99%.

Índices

Os contratos futuros de DI para 5 anos fecharam novembro com rentabilidade de 10,59% ao ano, que é o valor mais baixo desde o começo do ano, refletindo a possibilidade de redução de juros nos Estados Unidos e o sentimento de otimismo no bom desempenho da economia. O IFIX, índice de referência para fundos em investimentos imobiliários, teve alta de +0,67% no mês, acumulando ganhos de +10,81% no ano.

Petróleo

O petróleo foi um dos poucos ativos que teve queda, indo na contramão do mercado, e sua cotação teve novo recuo, fechando o mês aos US$ 80,86/barril, com queda de -4,89% em novembro. No ano, a queda é de -5,97%. Otimismo com a economia geralmente significa maior consumo de petróleo e preços mais altos, mas as temperaturas brandas no hemisfério norte e a aceleração da transição energética na Europa estão retirando pressão sobre os preços da energia fóssil.

Ouro

O ouro fechou novembro com alta de +2,92%, ultrapassando pela primeira vez na história a marca dos US$ 2.000 por onça troy (medida equivalente a 31,1 gramas). Pela cotação atual do Dólar, isso equivale a um patamar de R$ 317/grama. No ano, a alta do ouro já chega a +11,95%. O Bitcoin teve alta de +9,95% no mês e acumula ganhos de +130,24% neste ano.

Inflação

O IGP-M teve alta de +0,59%, que é a mais alta variação mensal em mais de um ano, mas no acumulado o índice continua no campo negativo, com variação de -3,46% em 12 meses. O IPCA de novembro será divulgado apenas no dia 12 de dezembro e a atual alta acumulada é de +4,82% em doze meses. Na segunda semana de dezembro, teremos a última reunião do Copom deste ano, e a Selic será reduzida para 11,75% ao ano.

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