Fechamento (Divulgação)
Novembro foi um mês de euforia nos mercados financeiros, em que praticamente todos os ativos se valorizaram. Depois de sofrer baixas importantes registradas em outubro, no mês passado o clima de otimismo tomou conta e as bolsas tiveram resultados positivos muito expressivos, no Brasil e no mundo. A possibilidade de que o Federal Reserve possa começar a cortar os juros já no primeiro semestre do ano que vem reforçou o sentimento de otimismo e as apostas no crescimento.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o mês de novembro aos 127.331 pontos, com forte valorização de +12,54% em relação ao mês anterior. Com o forte impulso do mês, a alta acumulada neste ano no principal índice da bolsa brasileira alcança +16,04%, com grande parte desse resultado tendo sido obtida nos últimos seis meses. Atraindo um grande volume de recursos, especialmente de investidores internacionais, novembro foi o melhor mês para a bolsa brasileira dos últimos 3 anos.
FRASE
"Passe cada dia tentando ser um pouco mais sábio do que você era quando acordou"
Charlie Munger, ex-empresário norte-americano
Bolsas Internacionais
As principais bolsas internacionais também tiveram fortes altas. O índice Dow Jones, de indústrias mais tradicionais, teve alta de +8,77% no mês, o S&P500 teve ganhos de +8,92% e a Nasdaq, formada pelas empresas de alta tecnologia, teve alta de +10,70%. Na Europa, o índice de referência fechou o mês com ganhos de +7,91%. No acumulado deste ano, todas essas bolsas apresentam ganhos, com +18,97% para o S&P500, +35,92% para a Nasdaq, e +15,52% para o índice europeu.
Câmbio
No câmbio, o Real se valorizou em relação ao Dólar, favorecido pelo grande fluxo de entrada de investimento estrangeiro na bolsa brasileira. Em novembro, o Dólar teve queda de -2,41% frente ao Real, encerrando o mês cotado aos R$ 4,94. No ano, o Dólar acumula queda de -5,41%. Já o Euro teve alta de +0,75% frente ao Real, fechando o mês passado aos R$ 5,39. No ano, o Euro acumula queda de -3,30% em relação ao Real.
Renda Fixa
No mês passado, a caderneta de poupança teve remuneração de 0,60% (cadernetas com aniversário em 28 de novembro). Na primeira semana de novembro, a Selic foi reduzida a 12,25% ao ano, e o DI ofereceu rentabilidade de 0,92% no mês. Ao longo deste ano, o DI já acumulou uma rentabilidade bruta de 11,99%.
Índices
Os contratos futuros de DI para 5 anos fecharam novembro com rentabilidade de 10,59% ao ano, que é o valor mais baixo desde o começo do ano, refletindo a possibilidade de redução de juros nos Estados Unidos e o sentimento de otimismo no bom desempenho da economia. O IFIX, índice de referência para fundos em investimentos imobiliários, teve alta de +0,67% no mês, acumulando ganhos de +10,81% no ano.
Petróleo
O petróleo foi um dos poucos ativos que teve queda, indo na contramão do mercado, e sua cotação teve novo recuo, fechando o mês aos US$ 80,86/barril, com queda de -4,89% em novembro. No ano, a queda é de -5,97%. Otimismo com a economia geralmente significa maior consumo de petróleo e preços mais altos, mas as temperaturas brandas no hemisfério norte e a aceleração da transição energética na Europa estão retirando pressão sobre os preços da energia fóssil.
Ouro
O ouro fechou novembro com alta de +2,92%, ultrapassando pela primeira vez na história a marca dos US$ 2.000 por onça troy (medida equivalente a 31,1 gramas). Pela cotação atual do Dólar, isso equivale a um patamar de R$ 317/grama. No ano, a alta do ouro já chega a +11,95%. O Bitcoin teve alta de +9,95% no mês e acumula ganhos de +130,24% neste ano.
Inflação
O IGP-M teve alta de +0,59%, que é a mais alta variação mensal em mais de um ano, mas no acumulado o índice continua no campo negativo, com variação de -3,46% em 12 meses. O IPCA de novembro será divulgado apenas no dia 12 de dezembro e a atual alta acumulada é de +4,82% em doze meses. Na segunda semana de dezembro, teremos a última reunião do Copom deste ano, e a Selic será reduzida para 11,75% ao ano.