XEQUE-MATE DA ECONOMIA

Fechamento de Março

Estéfano Barioni
02/04/2024 às 11:13.
Atualizado em 02/04/2024 às 11:13
Fechamento (Divulgação)

Fechamento (Divulgação)

No mês de março, os mercados financeiros mundiais continuaram acumulando ganhos expressivos, estimulados principalmente pelo boom das empresas de alta tecnologia. As principais bolsas de valores internacionais renovaram suas máximas históricas, batendo novos recordes. Aqui no Brasil, sem termos empresas desenvolvedoras de alta tecnologia, ficamos de fora dessa onda e o Ibovespa registrou perdas com a deterioração das perspectivas fiscais. 

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o mês de março aos 128.106 pontos, com queda de -0,71% em relação ao mês anterior. O bom humor do mercado internacional não foi suficiente para contagiar a bolsa brasileira e a piora no desempenho fiscal do governo afastou investidores. No ano, o Ibovespa registra queda acumulada de -4,53%. Por outro lado, nos últimos doze meses, o Ibovespa mantém uma valorização de +25,7%. 

FRASE

“A qualidade não é um ato, é um hábito."

Aristóteles, filósofo grego

Bolsas Internacionais

As principais bolsas internacionais bateram novas máximas históricas em março. O índice Dow Jones, de indústrias mais tradicionais, teve alta de +2,08% no mês, o S&P500 teve ganhos de +3,10% (alta de +28% em 12 meses) e a Nasdaq, formada pelas empresas de tecnologia, teve alta de +1,79% (alta de +34% em 12 meses). Na Europa, o índice de referência fechou o mês com ganhos de +4,22%, também batendo sua máxima histórica, acumulando alta de +12,4% somente neste ano.

Câmbio

No câmbio, o Real teve leve desvalorização frente ao Dólar, com nossa economia perdendo atratividade frente às economias centrais. Em março, o Dólar teve alta de +0,26% frente ao Real, encerrando o mês cotado praticamente aos R$ 5,00. Em 2024, o Dólar já acumula alta de +3,20%. O Euro ficou praticamente estável (alta de +0,07%) frente ao Real, fechando o mês passado aos R$ 5,40 e acumulando uma alta de +0,87% em 2024. 

Renda Fixa 

No mês passado, a caderneta de poupança teve remuneração de 0,61% (cadernetas com aniversário em 27 de março). A Selic foi reduzida a 10,75% ao ano e seguirá neste nível durante todo o mês de abril (a próxima reunião do Copom acontece na primeira quinzena de maio). O DI ofereceu uma rentabilidade bruta de 0,87% em março. Nos últimos doze meses, a rentabilidade acumulada do DI foi de 12,41%. 

Índices

Os contratos futuros de DI para 5 anos fecharam o mês de março com rentabilidade de 10,77% ao ano, subindo pelo terceiro mês consecutivo, refletindo o aumento na percepção de risco. A piora no desempenho fiscal traz temores de menor crescimento e mais inflação no futuro. O IFIX, índice de referência para fundos em investimentos imobiliários, teve alta de +1,43% em março, acumulando ganhos de +23,4% em doze meses.

Petróleo

O petróleo registrou uma alta expressiva em março, e sua cotação fechou o mês aos US$ 87,00/barril, com alta de +6,23% no mês. O otimismo em relação ao desempenho das empresas internacionais e da economia em geral aumentam as projeções de consumo de petróleo, pressionando seu preço para cima. Somente nos primeiros 3 meses de 2024, a alta acumulada do petróleo é de 12,9%. 

Ouro

O ouro fechou o mês de março com uma forte alta de +9,30%, superando o valor de US$ 2,2 mil por onça-troy. O Ouro também está em sua máxima histórica e acumula alta de 20,9% nos últimos seis meses. E falando em recordes, o Bitcoin também registrou sua máxima histórica em março, fechando o mês com alta de +13,74%. Em seis meses, o Bitcoin acumulou uma valorização de +157,9%. 

Inflação

O IGP-M registrou nova variação negativa em março, com queda de -0,47%. Em doze meses, a retração do IGP-M alcançou -4,26%. O IPCA-15 teve alta de +0,36% em março, fazendo com que o acumulado em doze meses alcançasse +4,14%. O IPCA oficial de março será divulgado apenas no dia 10 de abril e a expectativa é que registre uma variação de +0,23%, fazendo o acumulado do índice chegar a +4,0% ao ano.

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