EDITORIAL

Experiências internacionais para o TIC

Do Correio Popular
07/02/2024 às 09:12.
Atualizado em 07/02/2024 às 09:12
Linha ferroviária da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro; estudo apresentado ontem na primeira audiência pública do TIC revela que a perda de vegetação com a implantação do projeto será de apenas 0,1% (Alessandro Torres)

Linha ferroviária da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro; estudo apresentado ontem na primeira audiência pública do TIC revela que a perda de vegetação com a implantação do projeto será de apenas 0,1% (Alessandro Torres)

O avanço da implantação do futuro Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas, evidenciado pela aprovação do projeto na primeira audiência pública sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA/Rima) realizada ontem em Campinas, representa um passo significativo na busca por soluções inovadoras no transporte ferroviário de passageiros no Brasil. O empreendimento, orçado em R$ 13,5 bilhões, promete revolucionar a mobilidade na região, abrangendo não apenas São Paulo e Campinas, mas também municípios como Jundiaí, Valinhos, Vinhedo e Louveira.

A abertura das propostas da concorrência internacional, agendada para o próximo dia 29, marca o início de uma jornada crucial para selecionar o parceiro público-privado (PPP) que liderará a implantação do TIC. O vencedor terá a responsabilidade não apenas de construir e operar o trem de média velocidade entre Campinas e a capital, mas também de privatizar o serviço do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí, com paradas em Valinhos, Vinhedo e Louveira, além de assumir a gestão da Linha 7-Rubi, atualmente operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Para embasar este processo, é essencial olharmos para experiências internacionais de sucesso no desenvolvimento de sistemas ferroviários de passageiros. Países como Japão, França e Alemanha apresentam modelos eficientes que podem oferecer lições valiosas ao Brasil. A pontualidade, a tecnologia avançada e a integração multimodal são características notáveis desses sistemas. A trajetória internacional sugere que a ênfase na colaboração público-privada, aliada a investimentos em tecnologias modernas e eficiência operacional, é fundamental para o sucesso a longo prazo de projetos ferroviários. O momento é propício para o Brasil aprender com essas experiências, adaptandoas à nossa realidade, para criar um sistema de transporte ferroviário de passageiros que atenda às crescentes demandas de mobilidade, promova a sustentabilidade ambiental e impulsione o desenvolvimento econômico regional.

À medida que as audiências públicas prosseguem e a data da escolha do parceiro se aproxima, é crucial que os gestores, a sociedade civil e os potenciais licitantes estejam atentos às melhores práticas internacionais. O TIC não é apenas uma infraestrutura de transporte, mas uma oportunidade de transformação positiva para a mobilidade urbana e regional. Ao olhar para o exterior, podemos moldar um futuro onde a eficiência e a inovação convergem para criar um sistema ferroviário de passageiros exemplar e sustentável.

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