EDITORIAL

Energia limpa para um futuro global

O Brasil, com apenas 8,5% de sua área cultivada, possui um vasto potencial para expandir a produção de etanol

Da Redação
21/05/2024 às 16:04.
Atualizado em 21/05/2024 às 16:04
Etanol, derivado da cana-de-açúcar (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Etanol, derivado da cana-de-açúcar (Elza Fiuza/Agência Brasil)

O Brasil possui condições reais de transformar o etanol no principal combustível para a mobilidade humana, assumindo a liderança mundial na redução das emissões de poluentes veiculares, principais causadores do efeito estufa e das mudanças climáticas. Este potencial é particularmente relevante num momento em que a humanidade enfrenta os desafios impostos pelas mudanças climáticas, cujas consequências devastadoras já se fazem sentir em todos os cantos do globo, a exemplo da tragédia que assola o Rio Grande do Sul e agora Santa Catarina.

Derivado da cana-de-açúcar, um produto renovável, o etanol brasileiro destaca-se não apenas por ser uma fonte de energia sustentável, mas também por seu impacto positivo na economia e no meio ambiente. A cana-de-açúcar é uma das culturas mais eficientes na conversão de energia solar em biomassa, e seu cultivo contribui significativamente para a redução das emissões de gases do efeito estufa. A avaliação otimista sobre o futuro do etanol no Brasil é compartilhada por Marcos Guimarães de Andrade Landell, diretor-geral do centenário Instituto Agronômico de Campinas (IAC), conforme revelou com exclusividade em entrevista ao nosso jornal.

Segundo Landell, o Brasil, com apenas 8,5% de sua área cultivada, possui um vasto potencial para expandir a produção de etanol sem a necessidade de desmatamento, utilizando pastagens e outras culturas subutilizadas. A liderança do IAC na pesquisa agrícola é outro fator crucial para o sucesso do etanol brasileiro. O instituto, que completará 137 anos em breve, criou mais de 1.150 novas variedades de mais de 100 espécies diferentes. A transformação do etanol em principal combustível para a mobilidade humana no Brasil representa uma oportunidade única para o país assumir uma posição de liderança global na luta contra as mudanças climáticas. A adoção do etanol não só contribuirá para a redução das emissões de gases do efeito estufa, mas também impulsionará a economia nacional e criará empregos.

A visão de líderes como Marcos Landell, que dedicaram suas carreiras ao desenvolvimento sustentável, é fundamental para concretizar este potencial. Como disse Carl Sagan em "Pálido Ponto Azul": "A Terra é o único mundo conhecido até agora que abriga vida. Não há nenhum outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde nossa espécie possa migrar." Aproveitar essa oportunidade não é apenas uma questão de interesse nacional, mas uma contribuição crucial para o bem-estar global e para as futuras gerações.

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