Desenvolvimento

O desenvolvimento de uma nação possui diversas dimensões. Afinal de contas, o que faz um país ser desenvolvido? É o nível de renda de sua população, a qualidade da educação, o nível de instrução dos habitantes, o acesso franqueado a estruturas de saúde, a longevidade das pessoas ou a garantia dos direitos humanos fundamentais e proteção das liberdades individuais? Na verdade, a resposta é a soma de tudo isso. 

Crescimento Econômico 

No entanto, uma dimensão acaba se destacando sobre as outras por uma razão prática. Na teoria econômica, se reconhece o caráter multidimensional do desenvolvimento, mas também é verificada a primazia do crescimento econômico sobre as outras dimensões. E a razão é muito simples, sem crescimento econômico não se consegue gerar os recursos necessários para serem aplicados na melhoria das outras dimensões. 

FRASE

"A pobreza não tem causas. Apenas a prosperidade tem causas. Assim como o calor tem causas e o frio não: é apenas ausência de calor".
Jane Jacobs, escritora canadense

Investimento

Sem crescimento econômico é muito difícil melhorar a educação, a saúde, a luta pela defesa dos direitos humanos, etc. Todas essas dimensões do desenvolvimento humano requerem recursos e investimentos. Se não há crescimento econômico, não existem recursos novos sendo gerados para que possam ser aplicados nessas áreas. Sem crescimento, investir mais em uma área significaria investir menos em outra.

Condição Necessária

Obviamente o crescimento econômico não é suficiente para que um país alcance o pleno desenvolvimento. De nada adianta um vigoroso crescimento econômico se a maior parte da população é deixada de lado, não participa e não usufrui dos benefícios gerados. Ou seja, o crescimento econômico não é suficiente, mas é uma condição necessária.

Produto Interno

Uma forma de avaliar o crescimento econômico de um país é a análise de seu PIB, ano a ano. No entanto, não basta olhar os números brutos, pois o PIB de um país pode estar aumentando sem crescimento real, apenas por conta do crescimento populacional ou por causa da inflação. Como os preços sobem, o valor total da produção aumenta e dá a impressão de crescimento do PIB. 

Produto Nacional

A melhor metodologia para acompanhar o crescimento econômico de um país é considerar o produto nacional bruto per capita, calculado em valores constantes (ou seja, descontando a inflação). O produto nacional bruto de um país difere do produto interno pois só considera a renda gerada por pessoas e empresas daquela nacionalidade. Os ganhos obtidos por empresas multinacionais que remetem seus lucros para fora não são considerados.

Poder de Compra

Se os valores forem convertidos para dólares e considerarem ainda as diferenças no poder de compra entre os países (pois US$ 100 compram quantidades bem diferentes de bens na Suécia do que os mesmos US$ 100 gastos no Brasil), é possível ter uma base de comparação da evolução da economia tanto em termos internacionais, entre os países, como ao longo do tempo. 

Estagnação

O produto nacional bruto (PNB) per capita do Brasil está atualmente nos mesmos patamares de 2010. São doze anos em que erros na condução da política econômica, erros na resposta às crises internas e externas que surgiram, acabaram resultando em nenhum crescimento econômico real. Em 2010, o PNB per capita brasileiro era 63% maior do que o da China. Atualmente, nosso PNB per capita é 17% menor. 

Desigualdade

Como resultado do baixo crescimento econômico temos uma piora dos níveis de desenvolvimento em nosso país. Um reflexo disso são os níveis de desigualdade, que vinham diminuindo consistentemente desde 1993. Mas com a recessão econômica que atingiu o país em 2015, com menos recursos disponíveis, esses índices passaram a aumentar, retornando hoje aos mesmos patamares de 2010. Sem crescimento econômico, o desenvolvimento humano fica inviabilizado.