Comércio Internacional

Na teoria do desenvolvimento econômico, o livre comércio internacional é visto como uma ferramenta para estimular o crescimento econômico dos países. Todos os países ganhariam com o livre comércio internacional, que não só aumentaria o nível de produção de maneira global, como poderia até promover uma melhor distribuição de renda, mesmo em nível doméstico.

Excedentes

O comércio permite que cada país explore ao máximo as suas vantagens comparativas, produzindo excedentes que não seriam obtidos se não houvesse a demanda internacional. Como os países não possuem as mesmas características e tampouco a mesma disponibilidade de recursos, são as trocas de excedentes através do comércio internacional que permitem o acesso a todos os bens e produtos, em qualquer lugar do mundo. 

FRASE

"Todo crescimento depende da atividade. Não há desenvolvimento sem esforço, e esforço significa trabalho."
Calvin Coolidge, ex-presidente dos Estados Unidos

Especialização

Dentro desse contexto, os países tenderiam a se especializar na produção dos bens e mercadorias cujos recursos necessários para sua obtenção estão largamente disponíveis. Assim, o maior produtor de vinhos deveria ser o país com a melhor produção de uvas. O maior produtor de metais deveria ser o país com as maiores reservas minerais. E o maior produtor de equipamentos deve ser o país melhor dotado em termos tecnológicos. 

Especialização 2

A ideia é simples: Fazer mais daquilo que se faz bem. Se o país com as melhores uvas tentar produzir metais, provavelmente a produção será pouca e cara. Valeria mais a pena para esse país focar na produção de vinhos, aumentando a sua produção interna e gerando excedentes que podem ser exportados. Com a exportação, são geradas divisas que podem ser utilizadas na importação de metais, por exemplo. 

Ganhos

Idealmente, se todos os países se especializassem e pudessem trocar seus produtos livremente, a tendência geral é de que a produção mundial aumentasse e que os preços caíssem em todo o mundo, pois cada país se dedica a fazer apenas aquilo que faz de melhor. Esses são os ganhos do comércio internacional.

Experiência

O Brasil experimentou os ganhos do avanço do comércio internacional especialmente a partir do começo dos anos 2000. O forte crescimento chinês e a expansão do comércio internacional daquela época provocaram uma grande demanda internacional por commodities, que se traduziu em um período de grande crescimento econômico no Brasil. 

Comércio Livre

No entanto, para que as vantagens do comércio internacional se verifiquem plenamente, é necessário que esse comércio seja o mais livre possível. Ou seja, sem barreiras protecionistas que impeçam a livre concorrência dos produtos nacionais no mercado internacional e, da mesma forma, a livre concorrência dos produtos importados no mercado interno.

O Outro Lado

Mas é claro que essa completa liberdade não se verifica na realidade. O mundo está repleto de barreiras alfandegárias. Além disso, em momentos de baixo crescimento mundial, a especialização de atividades pode se tornar uma armadilha, especialmente para os países produtores de produtos primários, que fatalmente sairão perdendo nas trocas com produtos de maior teor tecnológico e valor agregado mais elevado. 

Equilíbrio

Qual seria a melhor opção, apostar na especialização ou buscar diversificar para não ficar refém do comércio internacional? A resposta, como na maioria das vezes, está no equilíbrio. É importante explorar as vantagens comparativas, mas é preciso fazer isso da maneira mais inteligente possível. Como é o caso do desenvolvimento das novas variedades de cana-de-açúcar por parte do IAC - Instituto Agronômico de Campinas. 

Equilíbrio 2

Devemos explorar o nosso potencial agrícola, mas aprimorando esse potencial e adicionando teor tecnológico à nossa produção. Através de pesquisa, trabalho e avanço tecnológico, é possível aumentar a eficiência da produção e o seu valor agregado. Assim, estaremos na rota do desenvolvimento.