Boas notícias no balanço das exportações

Com a divulgação dos resultados da mais recente Sondagem Industrial do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Campinas, um panorama positivo começa a se delinear no horizonte. Ainda sob os efeitos da pandemia, o mercado vem reagindo bem e mostra todo o seu vigor e capacidade de sobreviver em meio à avalanche de más notícias. Para além da pandemia, a crise agravada pela guerra na Ucrânia deixa um rastro de forte desequilíbrio nas cadeias produtivas, com elevação do preço dos insumos básicos industriais, entre outras mazelas ligadas diretamente às atividades beligerantes ou aos efeitos colaterais das medidas de retaliação tomadas pelos Estados Unidos e seus aliados.

Por conta desses acontecimentos, os números da última sondagem eram bastante aguardados e o resultado não poderia ser mais promissor, embora o déficit da balança comercial se mantenha ainda em níveis elevados. No primeiro semestre deste ano, houve um incremento nas exportações de 29,7% em relação a igual período do ano passado. De janeiro a junho, as indústrias venderam US 1,74 bilhão (R$ 9,14 bilhões) em mercadorias fabricadas na região a clientes no exterior. Em 2021, o montante comercializado foi de US$ 1,34 bilhão (R$ 7,19 bilhões). É o melhor resultado desde o início da crise mundial de saúde pública, em 2020, conforme o Ciesp-Campinas, que representa 494 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios.

Numa radiografia do momento, a reportagem do nosso jornal esteve em Itapira - cidade situada a 71,4 km de Campinas - para conhecer uma fábrica de ventiladores e exaustores comerciais e industriais, que passou a buscar clientes no exterior, como estratégia para expandir as vendas. O resultado não poderia ter sido melhor, dado que o volume exportado pela companhia representa de 10 a 15% da produção e tende a crescer ainda mais. A empresa gera 50 empregos diretos e, atualmente, ela trabalha para que o comércio com outros países represente 40% da linha de montagem de suas marcas industriais nos próximos cinco a seis anos, de modo a atingir um equilíbrio entre as vendas internas e externas, mirando, principalmente, a América do Norte, Europa e Oriente Médio.
Olhando os números da sondagem, percebe-se o grande potencial econômico da região e certifica ainda mais a política desenvolvimentista adotada pela atual Administração municipal, visando a estimular a abertura de novas empresas na cidade e a reduzir a carga tributária sobre a produção industrial. O caminho é este!