EDITORIAL

Atitude cidadã para minimizar as enchentes

Do Correio Popular
06/09/2022 às 11:55.
Atualizado em 06/09/2022 às 11:55
"“População empenhar-se em manter as bocas de lobo, galerias pluviais e leito dos rios livres de lixo e entulho descartados irregularmente, pois eles dificultam ou impedem o escoamento da água, agravando o risco de alagamento”" (Arquivo PMC)

"“População empenhar-se em manter as bocas de lobo, galerias pluviais e leito dos rios livres de lixo e entulho descartados irregularmente, pois eles dificultam ou impedem o escoamento da água, agravando o risco de alagamento”" (Arquivo PMC)

Com o início da temporada de chuvas, prevista para os próximos 30 dias, o temor de enchentes e alagamentos aumenta substancialmente, colocando em alerta a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e as autoridades municipais, além, é claro, a população. No alto verão, quando a precipitação pluviométrica costuma ser mais intensa, diversos pontos de inundação são registrados na cidade. Entretanto, as avenidas Orosimbo Maia e Princesa D'Oeste merecem especial atenção. Essa área está sobre a bacia do Ribeirão dos Anhumas, sujeita a constantes e graves enxurradas, algumas delas com o custo de vidas e prejuízos materiais incalculáveis. A solução técnica para sanar o problema existe, mas ela depende da alocação de recursos financeiros de grande monta, comparáveis aos que vêm sendo aplicados na conclusão da grandiosa obra do BRT.

No dia 17 de março, o prefeito Dário Saadi apresentou o plano da Prefeitura para solucionar de uma vez por todas esse drama na Princesa D'Oeste e Orosimbo Maia, que há décadas atormenta os moradores. Do ponto de vista da engenharia, a saída mais viável seria construir reservatórios, popularmente conhecidos como piscinões, a exemplo do existente na Avenida José de Souza Campos (Norte-Sul). A obra será executada em 12 meses, dividida em duas fases, sendo que, para isso, deverão ser consumidos R$ 600 milhões, que estão sendo pleiteados pela Prefeitura junto aos governos estadual, federal e organismos internacionais que financiam projetos de drenagem. Por razões óbvias, não há como prever quando essa verba será conquistada e liberada. Mas, se depender dos esforços da atual Administração e da boa vontade política dos atuais e futuros governantes, sem falar na força da representação parlamentar da região de Campinas em São Paulo e Brasília, espera-se que esse dia chegue logo.

Até lá, cumpre a toda a população empenhar-se em manter as bocas de lobo, galerias pluviais e leito dos rios livres de lixo e entulho descartados irregularmente, pois eles dificultam ou impedem o escoamento da água, agravando o risco de alagamentos. Conforme a Secretaria de Infraestrutura, Campinas tem cerca de 45 córregos que recebem manutenção frequentemente, trabalho que é intensificado próximo ao início do período chuvoso. Sendo assim, enquanto a Prefeitura se empenha em levantar o capital para a execução das obras de contenção das enchentes, será preciso contar com a conscientização da sociedade para adotar atitudes cidadãs e colaborar dando destinação correta ao lixo.

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