Cannabis (Rodrigo Zanotto)
Aprovada por unanimidade na semana passada pelos vereadores da Câmara de Campinas, a Frente Municipal pela Cannabis Medicinal terá sua primeira reunião já neste mês de abril. Só falta definir os nomes dos integrantes para que a data seja cravada. Proposta pela vereadora Paolla Miguel, a comissão deverá iniciar suas atividades acompanhando a aplicação e os desdobramentos da lei que obriga o estado de São Paulo a fornecer gratuitamente aos usuários do SUS, sob indicação e com receita médica, medicamentos que têm o canabidiol como princípio ativo. A lei, estadual, foi sancionada recentemente pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Pobre sem acesso
“A cannabis medicinal é uma opção segura e eficaz para o tratamento de uma ampla variedade de condições médicas. Atualmente, quem tem dinheiro para realizar uma consulta com um médico especialista e contratar um bom advogado tem acesso ao tratamento, mas a população mais pobre está privada dessa opção”, destaca a vereadora Paolla Miguel. Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara, ela deverá presidir também a Comissão da Cannabis, uma vez que é praxe quem propõe a criação de uma comissão parlamentar também vir a presidi-la.
FRASE
"Se a gente ficar apenas lamentando aquilo que acha que não vai acontecer, ninguém vai investir em cavalo que não corre"
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, nesta segunda-feira, em reunião com seus ministros no Palácio do Planalto
Israel, Palestina, Unicamp
A Federação Israelita do Estado de São Paulo emitiu uma nota repudiando como “ação marginal dos manifestantes” os protestos envolvendo grupos ligados à Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e que impediram a realização da 4ª edição da Feira das Universidades Israelenses. A feira, destinada a abrir conexões entre estudantes brasileiros com universidades israelenses, estava marcada para esta segunda-feira, na Unicamp, mas foi cancelada por causa dos protestos.
Espaço democrático
A nota da Federação Israelita cita “imagens de manifestantes acuando e hostilizando os representantes das universidades israelenses” e diz que esses supostos fatos “são repugnantes e precisam ser investigados”. Menciona ainda que “a Unicamp é um espaço democrático que, inclusive, mantém seis convênios com universidades israelenses, sempre trabalhando no sentido de fazer a cooperação mútua entre os dois países”. A Fepal, que assumiu os protestos, negou ter promovido ou presenciado qualquer ato de violência.
Picanha militar
Uma fiscalização do Tribunal de Contas da União apontou que o Exército gastou mais de R$ 700 mil em recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19 com salgados, sorvetes e refrigerantes, além de 12 mil quilos de carnes bovinas de cortes nobres, como filé mignon e picanha. Para a área técnica do TCU, as compras infringiram os princípios da razoabilidade e do interesse público vez que foram realizadas “no contexto de crise social e econômica, com recursos oriundos de endividamento da União, de crédito extraordinário e ignorando opções mais vantajosas”. As informações constam de acórdão datado da última quarta-feira, 29, lavrado no bojo de um acompanhamento realizado a pedido da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O Congresso pediu a apuração de possíveis irregularidades na aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde destinados ao combate à covid-19.
Bomba anunciada
O jornal O Estado de São Paulo apurou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no depoimento que deve prestar na quarta-feira à Polícia Federal, vai dizer que a ordem para que ele recuperasse as joias de R$ 16,5 milhões apreendidas pela Receita Federal, em Guarulhos, partiu do ex-presidente. O depoimento de Bolsonaro também está previsto para amanhã.
