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Existe muita literatura sobre o surgimento do protestantismo, a sua origem, história, expansão e principais ramificações. Este texto visa somente fazer uma abordagem genérica sobre o assunto. O protestantismo é, ao lado do catolicismo, um dos grandes ramos do cristianismo. Os seguidores de Jesus são chamados de “cristãos”; o livro sagrado é a Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e Novo Testamento. O nome “protestante” provém dos protestos dos cristãos do século XVI contra as práticas da Igreja Católica, na época. Em alguns países, especialmente no Brasil, o termo “protestante” foi substituído por “evangélico”, retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma característica mais positiva e universal. Surgiu a partir do rompimento de alguns dogmas da Igreja Católica e é atualmente, um dos maiores ramos do cristianismo, com milhões de seguidores no mundo. O movimento protestante surgiu na tentativa de reformar a Igreja Católica, iniciada pelo monge agostiniano Martinho Lutero, no século XVI. Os motivos para esse rompimento incluíram principalmente as divergências em relação a alguns princípios católicos, como veneração de imagens, o celibato, as missas em latim, a autoridade do papa, entre outros. Para os protestantes, a salvação é conseguida por meio da graça e bondade de Deus e, para isso, cada pessoa pode se relacionar diretamente com seu criador, sem a necessidade de um intermediário, diferentemente da fé católica, a qual diz que o único método para obter a salvação é a partir dos sacramentos e rituais de purificação da alma realizados por intermediação de pessoas santificadas (padres, bispos, etc). Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a “Palavra de Deus”, presente na Bíblia Sagrada. De acordo com esse ponto de vista, pela ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, teriam uma maior harmonia com Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida para diversas línguas. O protestantismo pode ser subdividido em ramos, como luteranismo, calvinismo, anglicanismo, etc. No Brasil, o protestantismo chegou no período colonial com as tentativas francesas e holandesas de se firmarem no país. Pesquisas recentes mostram o crescimento desse ramo do cristianismo entre os brasileiros, muito embora mais da metade da população brasileira declara-se católica. O país mais protestante do mundo é os Estados Unidos da América, com mais de 163 milhões de seguidores. LUTERANISMO – Em 1517, na Alemanha, o professor e monge Martinho Lutero fixou à porta da Catedral de Wittenberg 95 teses criticando a atuação do papa e do alto clero. Elas se propagaram rapidamente, mesmo com a intervenção da Igreja. A ideia central desta doutrina religiosa é a “justificação pela fé”. Para Lutero, Deus não salvará o ser humano pelos seus atos e sim, pela fé de cada em Jesus Cristo. Dessa maneira, a relação entre os fiéis e Deus é direta, sem a mediação da Igreja, e esta somente seria encarregada de ensinar e orientar os fiéis. CALVINISMO – É um movimento protestante conduzido no século XVI por John Calvino, um estudioso francês que ao se converter ao Protestantismo em 1533, propaga a sua crença teológica dando continuidade à Reforma Protestante então iniciada em 1517 por Martinho Lutero. Calvino foi um teólogo protestante suíço que criou a doutrina da predestinação. Segundo ela, Deus criou uma parte da humanidade para ser salva e outra para ser condenada. Essa doutrina é contrária à Bíblia, que ensina que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34). O pensamento calvinista defendia princípios morais bastante rígidos e via no trabalho e na poupança, duas virtudes a serem valorizadas pelo verdadeiro cristão. Isso atraiu vários representantes da burguesia suíça. ANGLICANISMO – É a designação de uma tradição dentro do Cristianismo que inclui a Igreja da Inglaterra e outras igrejas historicamente ligadas àquela ou que têm crenças, práticas e estruturas semelhantes. As crenças assemelham-se às católicas. Dentre as principais semelhanças está o fato de os anglicanos acreditarem na palavra contida na Escritura Sagrada, bem como de praticarem os sacramentos do Batismo e da Eucaristia. A grande diferença entre o anglicanismo e o catolicismo é o fato que o primeiro não tem o papa como líder supremo, mas sim o monarca reinante na Inglaterra. Entretanto, a quebra entre a Igreja Católica e a Igreja Anglicana foi meramente política. Independente da religião, o Natal, dia 25 de dezembro, comemora o nascimento de Jesus, a figura mais importante do cristianismo. Para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas, ao lado da Páscoa, em que se celebra a ressurreição de Jesus.
Lourival Longato Junqueira é bacharel em Relações Públicas, Jornalismo e Administração de empresas pela PUC - Campinas
