A exposição Correio Popular 95 Anos já passou pela Academia Campinense de Letras, Ciesp-Campinas, Centro de Memória da Unicamp e pelo Círculo Militar (Gustavo Tilio)
Um dos maiores desafios dos historiadores é juntar as peças do mosaico fragmentado de informações de uma comunidade. Os arquivos jornalísticos fornecem elementos muito úteis para reconstruir o passado. Desde o momento em que são fundados, eles registram os fatos do dia a dia que constituem a história de uma cidade. O longevo e quase centenário Correio Popular possui um rico acervo. E, para marcar os 95 anos do nosso jornal, decidimos montar uma exposição reunindo 26 capas históricas, 40 troféus e outras premiações recebidas ao longo de décadas. A mostra itinerante "Correio Popular 95 anos" acaba de chegar à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas, onde foi aberta oficialmente ontem à noite em uma recepção especial na sede da entidade. Ela poderá ser conferida pelo público a partir da próxima segunda-feira, dia 9, até o final do mês, no prédio da instituição.
Além de contribuir para a preservação da memória da cidade, a escolha da OAB para sediar a apresentação itinerante do Correio - que já passou pela Academia Campinense de Letras (ACL), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas), Unicamp e Círculo Militar - reforça dois pilares da sociedade liberal e democrática: a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito, dado que a OAB é o bastião da Justiça e representante da sociedade. A passagem da exibição de edições históricas do Correio pela instituição é também uma homenagem ao advogado, que todo dia 11 de agosto comemora o seu ofício.
Os acervos dos jornais são vocacionados à custódia, conservação e comunicação das notícias. Esses registros são fontes valiosas de informação para trabalhos, sejam eles acadêmicos ou não. Quanto mais solicitados forem os documentos (sendo uma fonte histórica, as matérias jornalísticas também podem ser classificadas como documentos), mais valorizado será o patrimônio arquivístico. Esse é o espírito que norteia a curadoria dessa exposição de capas, ou seja, contar a história de como o Correio acompanhou as mudanças tecnológicas e os avanços gráficos que hoje se renovam no mundo digital, pois todo o arquivo histórico do jornal está em processo de digitalização.
Podemos afirmar, portanto, que os arquivos constituem uma parcela significativa da memória de um povo. São eles que, por meio de seus registros, preservam os testemunhos da trajetória, evolução e apogeu de uma comunidade, registrando os fatos que explicam a sua formação e desenvolvimento.