EDITORIAL

A gigante Petrobras

Do Correio Popular
27/08/2022 às 11:30.
Atualizado em 27/08/2022 às 11:30
Petrobras (Fernando Frazão/ Agência Brasil)

Petrobras (Fernando Frazão/ Agência Brasil)

Alçada ao centro de insanos debates que demonizaram o nome de uma das maiores petrolíferas do mundo, a semana foi pródiga em análises e dados extraídos de seus balanços, que revelam a verdadeira face desse conglomerado. Estamos falando da Petrobras, cujos registros contábeis desmontam o arsenal de críticas injustas que a empresa sofreu nos últimos meses. Após ser arrastada ao epicentro de um rumoroso escândalo de corrupção, a companhia conseguiu se recuperar dos prejuízos que sofreu por conta da roubalheira, cumprindo com o seu papel estratégico no desenvolvimento do país. O próprio ex-presidente Lula - diante da bancada do Jornal Nacional, que transformou excelentes apresentadores de telejornal em pseudos e obtusos entrevistadores - admitiu que houve corrupção na direção da estatal, embora não tenha explicado como planeja evitar que essa perniciosa anomalia se repita em um possível terceiro mandato.

A Petrobras sofreu um duro golpe com o assalto perpetrado aos seus cofres, culminando com terríveis consequências ao seu patrimônio. A ponto de os acionistas no exterior - que confiaram no Brasil - terem exigido a reparação das perdas do valor de suas ações, diante de uma administração temerária do seu principal controlador - o governo federal, que detém 50,3% dos papéis com direito a voto. Felizmente, esse mar de lama é uma página virada na história da organização. Passado esse período nefasto, a sociedade começa a compreender a importância da Petrobras, sem incorrer em uma análise simplista, estimulada pela intensa polarização política engendrada nos últimos meses.

Uma empresa desse porte não se analisa pelo caixa apontado no balanço. O que importa, de fato, é o quanto ela distribui de dividendos e contribui em impostos. Este ano, a Petrobras atingiu o patamar de maior lucro entre empresas de capital aberto em um trimestre. Trata-se de um recorde histórico da Bolsa de Valores. O acumulado do primeiro semestre aponta um lucro de R$ 136,3 bilhões.

Neste governo, a Petrobras pagou aos cofres federais a formidável quantia de R$ 447 bilhões em dividendos, impostos e "royalties". Considerando-se também os valores transferidos aos estados e municípios, somam R$ 675 bilhões, valor cinco vezes superior ao empenhado no programa Auxílio Brasil. Sendo assim, a Petrobras é, de longe, o maior contribuinte fiscal individual do país. O seu lucro supera o resultado alcançado pelas maiores petrolíferas do mundo: PetroChina, Chevron, Eni Spa, BP, e Shell. Essa é a real situação da "Gigante Petrobras", que dispensa análises superficiais e irrelevantes.

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