Ação de combate à criminalidade no Centro teve participação de 12 órgãos de Segurança e da Prefeitura
Uma megaoperação de combate à criminalidade foi realizada na tarde de quinta-feira (18) na chamada Boca do Lixo, na região central de Campinas. Três bares foram lacrados, um hotel interditado e multado em R$ 12 mil por falta de documentação e um casal foi preso por suspeita de exploração à prostituição. Outras 52 pessoas foram encaminhadas à delegacia para averiguação, entre elas 35 mulheres, 14 donos de bares e pensões, dois suspeitos de tráfico de drogas e um por porte de entorpecente. Um foragido foi capturado.
Ao menos 12 órgãos de Segurança e da Prefeitura participaram do primeiro dia do Programa de Ação Integrada (PAI) nas ruas Saldanha Marinho, Ferreira Penteado, Delfino Cintra e Visconde do Rio Branco.
Ao todo, 30 estabelecimentos — entre bares, estacionamentos, hotéis e similares — foram vistoriados. Em paralelo às vistorias policiais, a Vigilância Sanitária também fiscalizou 13 bares e pensões. Todos foram notificados a comparecer ao órgão no prazo de uma semana para regularizar problemas referentes ao acúmulo de materiais, problemas estruturais e de falta de manutenção. Uma oficina de máquinas caça-níqueis foi estourada. Foram apreendidas 108 pedras de crack, 30 porções de maconha e três pinos de cocaína.
A Guarda Municipal (GM), Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Polícia Federal, Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Corpo de Bombeiros, Procon, Departamento de Urbanismo, Vigilância Sanitária, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Serviços Técnicos Gerais (Setec) e Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) participaram da operação.
De acordo com o secretário de Segurança de Campinas, Luiz Augusto Baggio, a ação é fruto da integração entre as forças policiais e os órgãos da Administração para mostrar à população de Campinas que as instituições estão empenhados em devolver as áreas degradadas à sociedade. “Essa é a primeira de várias operações que devem ocorrer para revitalizar várias regiões de Campinas. Começamos pelo Centro, mas com certeza vamos estender a ação para outros bairros do município”, disse.
Ainda segundo Baggio, cada órgão atuou de forma a iniciar a revitalização no Centro. “Todos são importantes, cada um na sua área de atuação. A polícia na parte da criminalidade, os bombeiros e a Prefeitura na documentação dos estabelecimentos, a Vigilância Sanitária na parte de higiene, acúmulo de materiais, problemas estruturais e de falta de manutenção, a Sanasa para checar inclusive ligações irregulares e assim sucessivamente.”
Segundo o delegado Licurgo Nunes Costa, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 2 (Deinter), além de reintegrar as áreas degradadas à sociedade, para os órgãos de Segurança, a ação foi focada em exploração sexual e porte de armas e drogas. “A ação vinha sendo programada há algum tempo e teve início com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, mas acabou tomando proporção muito maior e mobilizando agentes de vários órgãos”, explicou o delegado seccional de Campinas, José Carneiro Rolim Neto.
A Polícia Militar era a primeira a chegar nos estabelecimentos e verificar a situação para que os outros órgãos pudessem fiscalizá-los. “A função da Polícia Militar nessa operação é garantir que o trabalho seja realizado sem nenhum tipo de problema”, explicou o capitão da PM, Jaime de Souza.
A Polícia Federal também deu apoio à operação para o caso de flagrantes de crimes federais, como clandestinos ou trabalho escravo envolvendo estrangeiros. “A Polícia Federal está aqui na retaguarda para atuar em qualquer situação que envolva crimes federais”, informou o delegado-chefe da Polícia Federal de Campinas, Sebastião Augusto de Camargo Pujol.