COLÔMBIA

ONU quer evitar anistias no processo de paz

Delegação da Colômbia disse que "os diálogos de paz têm por objetivo o fim definitivo do conflito"

France Press
20/03/2013 às 09:56.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:53

O escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu para que sejam evitadas as anistias no processo de paz da Colômbia, ao apresentar o relatório anual sobre o país nesta quarta-feira em Genebra, perante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas."Evitar encarar as violações do passado mediante anistias e outras formas de impunidade que simplesmente infringem as obrigações de direitos humanos", indica o relatório, reiterando a posição da ONU sobre o tema: prestação de contas, reparação, julgamento, castigo, e cumprimento das penas para os violadores dos direitos humanos.

A delegação da Colômbia disse que "os diálogos de paz têm por objetivo o fim definitivo do conflito" com a guerrilha, depois que 53.319 paramilitares já foram desmobilizados, "mais de 150 mil vítimas (foram) indenizadas em 2012, 50.000 planos de reparação integral formulados e 8 planos de reparação coletiva" pela "Lei de Vítimas e de Restituição de Terras".

O relatório aponta "graves problemas de direitos humanos que continuam sendo negados ou continuam sem serem resolvidos" e ressalta os 4.716 homicídios "cometidos por agentes estatais" (assassinatos de inocentes fazendo-os passar por guerrilheiros, conhecidos como "falsos positivos"), informando que apenas 294 casos chegaram a julgamento ou foram "vistos para sentença".

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