TRANSPORTE

Ônibus voltam a circular, mas sindicato exige escolta da PM

Motoristas só aceitam trabalhar nesta terça-feira (26) se policiais fizeram acompanhamento de carros

Duda Pereira
26/03/2013 às 13:40.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:58

O Sindicato dos Motoristas de Ônibus de Ribeirão Preto solicitou à Polícia Militar apoio para voltar a trabalhar na cidade após os dois ataques ocorridos na Zona Norte. Se não houver acompanhamento, os ônibus vão parar novamente. Os motoristas deixaram de circular por volta das 20 horas desta segunda-feira (25) à noite, e só retornaram às 4 horas desta terça-feira (26). A PM não confirmou se vai atender o pedido.

“Só voltamos porque tivemos acompanhamento de viaturas da PM, que acompanharam os carros até por volta de 7 horas”, afirmou Alcides Lopes, vice-presidente do Sindicato. “À noite queremos acompanhamento de novo. Se sentirmos que não há segurança, vamos parar”, disse.

Lopes afirmou que as empresas de transporte, que compõem o Consórcio Pró-Urbano, assim como a Prefeitura Municipal, apoiaram a medida. “Existem vidas em jogo, não podemos deixar que aconteça em Ribeirão Preto o que aconteceu em Florianópolis, onde vários ônibus já foram atacados neste ano e até hoje há motoristas, cobradores e passageiros hospitalizados”, completou.

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A Polícia Militar acompanhou boa parte da frota de forma estratégica. As principais rotas e os bairros com maiores índices de criminalidade tiveram viaturas posicionadas em pontos de fuga. “Sabemos que a polícia não pode acompanhar toda a frota, mas pode fazer um trabalho para amenizar o risco de ataques”, disse Lopes.

A frota de transporte coletivo de Ribeirão tem hoje 360 ônibus. Nesta segunda-feira (25) à noite, cerca de 200 deixaram de circular após os ataques. Cada veículo destruído custa aproximadamente R$ 400 mil.

CLASSE

O Sindicato dos Motoristas realiza assembleias nesta semana para discutir a data-base para negociação salarial dos cerca de 700 filiados. O salário-base da classe hoje é de R$ 1408,60, e o pedido inicial é de 10% de aumento real, mais inflação. Os motoristas também pedem reajuste no valor do ticket alimentação, que passaria de R$ 428 e R$ 500. Eles ainda querem mais agilidade na construção de terminais para passageiros, o que dará mais condições de descanso.

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