ONG que resgata e reabilita animais silvestres precisa de ajuda para construção de UTI
Devido ao crescimento urbano sem planejamento e ao consequente desmate dos fragmentos de matas restantes, é crescente o número de animais que chegam à associação
Associação Mata Ciliar dispõe de um Centro para Conservação de Felinos Neotropicais ( Cedoc/RAC)
A Associação Mata Ciliar, que restada e reabilita animais silvestres, e que é referência em preservação ambiental, precisa de R$ 150 mil para construir uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para poder atender casos de emergência. Devido ao crescimento urbano sem planejamento e ao consequente desmate dos fragmentos de matas restantes, é crescente o número de animais que chegam à ONG em estado cada vez mais crítico - vítimas de atropelamentos, choques elétricos, ferimentos por linhas de pipa e doenças infecciosas típicas de animais domésticos. Em 17 anos de existência, recebeu cerca de 14 mil animais. Desses, 40% foram recuperados e puderam ser soltos na natureza; 40% morreram; e 20% tiveram que permanecer em cativeiro porque, devido ao estado lastimável em que chegaram, não foi possível reabilitá-los para soltura. Com a implantação da UTI, pretende poder prestar um atendimento mais eficiente e mudar os índices. A ONG foi fundada em 1987. Sua sede é em Pedreira, mas possui também unidades em Jundiaí e Águas de Lindóia. Além de reabilitar os animais silvestres, dispõe de um centro para conservação de felinos neotropicais e desenvolve um projeto, intitulado Águas do Piracicaba, para tentar preservar a mata ciliar em torno do rio, a fim de preservar o manancial. Quem quiser e puder ajudar doando qualquer quantia deve acessar o site: www.kickante.com.br/mataciliar. O valor será depositado diretamente na conta da associação. Caso recenteA onça-pintada Felipe, que estava em um cativeiro ilegal no Pará, e que foi resgatada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após denúncia anônima, foi trazida para a Mata Ciliar para reabilitação. Chegou pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas no último dia 8 e foi levada à unidade da ONG que fica em Jundiaí. Desde então, está sendo tratado e fazendo avaliações médicas e comportamentais para averiguar a possibilidade de ser solto na natureza.
