Yamaha Fazer YS 250 Blueflex tem o mesmo bom comportamento do modelo a gasolina
Yamaha Fazer 250 Blueflex utiliza gasolina, etanol e os dois juntos (Osvaldo Furiatto Jr/AAN)
Existe o ditado de que em time que está ganhando não se mexe. Mas a Yamaha utilizou novamente o modelo Fazer YS 250 para inovar e colocou nas ruas o primeiro modelo do mundo de motocicleta bicombustível de média cilindrada.
A Yamaha Fazer YS 250 Blueflex manteve o mesmo bom comportamento do modelo movido apenas à gasolina. Além disso, como o valor dos combustíveis varia muito no Brasil por conta da safra de cana-de-açúcar, e o motociclista pode fazer as contas e escolher o que vai colocar no tanque. A Fazer também foi a primeira motocicleta nacional que substituiu o carburador pela injeção eletrônica.
Como os modelos à gasolina e multicombustíveis não sofreram alterações de potência (ambos tem 21 cavalos – mesmo com etanol), o comportamento das duas é o mesmo nas ruas e estradas. A Fazer Blueflex se mostrou muito esperta para rodar na cidade. A moto tem um tamanho bom para passar entre os carros e as respostas do motor são eficientes.
O câmbio com cinco velocidades tem bom escalonamento e as trocas de marchas são justas e suaves. As maiores mudanças do motor da convencional e da Blueflex ficaram por conta do pistão forjado e o cromo no revestimento do cilindro para melhorar a durabilidade pelo efeito mais corrosivo do etanol.
A Yamaha incluiu no modelo Blueflex o sistema PCV, que utiliza o vapor produzido pelo calor dentro do motor canalizado para o filtro de ar e que retorna para o cárter.
Além disso, o modelo flex teve o mapeamento alterado e mudanças na pressão da bomba de combustível. A Fazer bicombustível tem uma entrada de ar na carenagem lateral e dois filtros de combustíveis.
Segundo o fabricante, o consumo do etanol é cerca de 30% superior ao da gasolina, mas mesmo utilizando apenas etanol, o tanque de 19,2 litros não exige abastecimentos constantes.
Mesmo atento, fica difícil perceber mudanças no desempenho utilizando apenas etanol ou só gasolina. Talvez em algumas retomadas em baixas rotações com etanol, a moto tenha respondido mais rápido. A Yamaha Fazer 250 Blueflex está disponível nas cores preta e prata.
O modelo Yamaha Fazer YS 250 Blueflex tem preço sugerido pelo fabricante de R$ 11.690 e o standart custa R$ 11.279. A Yamaha oferece ainda o modelo Racing Blue, que sai por R$ 11.630.
Ponto negativo: A Blueflex tem o Sistema Yamaha de Segurança (SYS), que não permite que a moto não rode enquanto a luz indicadora no painel não apague. Nada muito incomodo, mas quem mora em regiões muito frias, o melhor é que 30% do combustível no tanque seja gasolina.
Ponto positivo: A moto tem boa ciclística, esterça bem e oferece boas respostas nas mudanças de direção. Além disso, a posição para pilotar deixa o corpo alto e relaxado. A suspensão absorve bem as imperfeições e passa segurança e facilidade nas curvas. Os freios também são eficientes.