O valor das parcerias

Ouço frequentemente muitas pessoas destacando, de forma retórica, o valor das parcerias. O clichê mais comum é: “atualmente, ninguém faz nada sozinho”. Tudo muito bonito, mas poucos saem da teoria para a prática nesse âmbito. O prólogo é para dizer que meu almoço de hoje somente foi possível por causa da contribuição de amigos e familiares. Graças a eles, comi muito bem, praticamente sem ter trabalho.

O cardápio constou de bolinho de bacalhau, preparado pelo amigo chef Heitor Antunes, comandante da cozinha do Idalvo’s Peixes e Frutos do Mar. Acepipe como deve ser: macio sem ser molengo, com muito bacalhau e quase nada de batata. Minha refeição foi composta, ainda, por camarão empanado, da lavra do amigo Twin Vantini, profundo conhecedor da comida de boteco.

Para dizer que não fiz nada, preparei um vinagrete de laranja, que levou cebola roxa, tomate cereja picado, pimenta dedo-de-moça, azeite, sal e um toque de páprica picante. Para beber, escolhi uma cerveja do estilo Saison, produzida pela Eisenbahn, que tem entre seus ingredientes frutas vermelhas e pimenta da Jamaica. A bebida, um presente do amigo e parceiro Ronei Thezolin, fez ótima parceria com o toque cítrico e especiado do vinagrete.

O almoço, que já faria a alegria de qualquer bom garfo, ganhou ainda mais glamour por ter sido servido em uma porcelana da Noritake, empresa parceira deste jornalista-cozinheiro. O prato, branco com delicados filetes prateados, emoldurou com elegância as delícias preparadas por Heitor e Twin. Por fim, mas não menos importante, a porcelana da Noritake repousou sobre um lindo e colorido jogo americano, presente trazido de Maceió pelos queridos sobrinhos Adriele e Rafael. Eis, na prática, o verdadeiro valor das parcerias.