O Paris Saint Germain está fora da Liga dos Campeões. Fez dois grandes jogos contra o Barcelona e foi eliminado apenas no critério de gols marcados fora de casa. Caiu de pé. Não vai à semifinal e não será campeão. Mas mostrou ao mundo que joga para vencer, mesmo quando do outro lado está o poderoso Barça.
É uma postura inversa à do Chelsea. Assim como o PSG, é um clube rico, com elenco recheado de jogadores de nível internacional. Na temporada passada, assim como aconteceu com o PSG agora, encontrou o Barcelona na Champions League. E, ao contrário do que aconteceu com os franceses, conseguiu eliminar o supertime catalão.
Só que o Chelsea, apesar de forte e milionário, foi covarde e jogou na mais descarada retranca. Escapou de levar duas goleadas, mas conseguiu se classificar em situações adversas (Terry expulso, pênalti para o Barcelona que Messi não converteu, etc).
Com um estilo de jogo, se é que podemos usar essa expressão, bem parecido, o Chelsea ganhou do Bayern na final e levantou a taça. Para a história, um título de valor inestimável. Para a sequência do clube, uma péssima estratégia.
É aceitável que um time com poucos recursos e um elenco sem tanta qualidade adote um esquema defensivo. Para o Chelsea, é uma vergonha, embora tenha sido campeão. Notem que, depois da glória, vieram os problemas. O técnico caiu antes mesmo do Mundial de Clubes. No Japão, deu Corinthians. E no Inglês o Chelsea está em 3º lugar, com dois pontos a mais do que o 5º colocado e 19 a menos do que o líder.
Marcar bem, sem dar espaços ao adversário, é uma virtude das grandes equipes. Para um clube do porte do Chelsea, jogar com o time inteiro atrás, sem articular jogadas, à espera de um golzinho de bola parada ou contra-ataque, é um insulto ao futebol.
Eu sei que é melhor ser campeão jogando feio do que ser um valente eliminado, mas acredito que, da mesma forma que o Chelsea pagou esse ano por sua postura, o PSG poderá colher frutos no futuro. A bola pune, mas também retribui.
E, por fim, destaque para a participação de Messi. Ele não mudou o destino dos dois times apenas ao iniciar a jogada do gol de empate. Assim que entrou na partida, mesmo sem condições físicas ideais, o argentino mudou o jogo. Mudou porque, com ele em campo, o PSG passou a se proteger mais e o Barça, até então sob controle, passou a agredir com mais intensidade. Messi é o melhor do mundo e nesta quarta nem precisou brilhar intensamente para mostrar isso.