BATE BOLA

O único remédio

19/03/2013 às 08:54.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:07

O Guarani vive um momento muito importante de sua história. A importância não vem de campanhas memoráveis, do futebol bonito de grandes craques ou de feitos expressivos do time, como já aconteceu em outras épocas.

O clube hoje vive um momento crítico, com sucessivos fracassos e uma dívida que cresce em velocidade alarmante.

O momento não tem nada de glorioso, mas, tenham certeza, é muito importante. A crise vem de longa data, com administrações danosas que colocaram a própria existência do clube em risco.

Foram anos e anos de grandes doses de irresponsabilidade e incompetência. Muita irresponsabilidade. Muita incompetência. Com um pouco de um e de outro, seria impossível transformar um clube com a história do Guarani no que vemos hoje.

O mesmo time que foi rebaixado apenas uma vez entre 1949 e 2000 (período no qual foi campeão brasileiro, cedeu jogadores à Seleção e disputou a Libertadores por três vezes) se transformou em um time que, de 2001 a 2013, não passou uma temporada sequer sem cair ou flertar com o rebaixamento. Ao invés de três Libertadores, logo terá em seu currículo três participações na Série C.

Não é fácil corrigir tudo isso. A Ponte Preta, que viveu um período semelhante nas décadas de 80 e 90, foi resgatada por um presidente que lhe emprestou mais de R$ 90 milhões. Notem que, mesmo com um presidente que assina o cheque sempre que necessário, a Macaca levou muitos anos para chegar ao estágio atual.

Por enquanto, o Guarani não tem um presidente com R$ 90 milhões disponíveis para empréstimo. Portanto, para voltar a ser competitivo no cenário nacional, terá que buscar outro caminho.

Que ferramenta o Bugre precisa para consertar os danos causados por tanta incompetência, por tanta irresponsabilidade? A resposta é óbvia. O Guarani só voltará a ser um clube respeitado e competitivo se for administrado com muita responsabilidade e com muita competência. Não há outro remédio. Até mesmo a venda do patrimônio, necessária, será inútil se não for conduzida com muita responsabilidade e muita competência.

A diretoria está em crise, após o racha explícito entre o presidente Álvaro Negrão e o vice Horley Senna.

Hoje eles devem anunciar como a diretoria ficará daqui em diante. Seja qual for a decisão de ambos e do Conselho Deliberativo, quem ficar no comando precisa ter plena consciência de que suas decisões serão vitais para o futuro do Guarani Futebol Clube.

Guarani que precisa de doses maciças de competência e responsabilidade para sobreviver. 

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