EDITORIAL

O trânsito caótico e a educação

24/05/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:49

Têm sido recorrentes as evidências do quanto está caótico o trânsito nas estradas e cidades, com inúmeros fatores contribuindo para o agravamento do problema e afastando as primeiras hipóteses de solução em curto prazo. As péssimas condições das vias públicas, a falta de sinalização adequada e de fiscalização eficiente, a má educação e falta de preparo de motoristas, pilotos e pedestres, tudo contribui para um quadro desalentador que exige mobilização urgente das autoridades e comunidades, visando a atingir um nível razoável de segurança e mobilidade urbana.

Há consenso sobre questões sérias a serem projetadas, como vias de ligação modernas para o transporte coletivo urbano, a aplicação de outros modais de transporte de carga, acréscimo de alternativas de deslocamento de pessoas, enriquecendo as opções e estimulando a economia com alternativas mais viáveis de construção de uma infraestrutura mínima para absorver o adensamento demográfico e o ritmo de desenvolvimento regional.

Para isso, há propostas de utilização de linhas de cargas e passageiros por trens ligando regiões metropolitanas, meios inovadores de transportes coletivos urbanos, organização do tráfego com a criação de corredores especiais e medidas lógicas de segurança..

É preciso mais do que a simples facilitação da compra de carros, que resulta em aquecimento econômico mas debilita o já problemático trânsito, criando gargalos, insuperáveis que não seja pela ampliação das vias e estradas de forma a absorver o tráfego cada vez mais intenso. É preciso investir na mesma proporção, com planejamento e urgência, até porque o transporte coletivo está longe de cobrir em vascularidade e conforto uma demanda que precisa ser atendida.

Para os especialistas, um dos gargalos críticos está justamente na fiscalização e educação para o trânsito. É flagrante o desrespeito a regras mais comezinhas como estacionamentos regulamentados, fluxo natural de veículos, equipamentos de segurança, sem comentários para a agressividade que decorre da irritação com a falta de fluidez do trânsito e da irresponsabilidade de alguns (Correio Popular, 20/5, A8).

É preciso que se invista na mesma proporção em um trabalho educativo profundo e contínuo, talvez com resultados a serem medidos apenas no futuro, se convincente para jovens e crianças. Para os atuais problemas de desestrutura e deseducação, resta a fiscalização intransigente e a aplicação severa da lei.

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