A Ponte Preta cumpriu seu primeiro papel no Campeonato Paulista de 2014. Pelo quarto ano consecutivo, figura entre os oito primeiros colocados e essa presença constante entre os melhores é muito importante para solidificar seu espaço no futebol paulista. Essa regularidade dá confiança ao time, aumenta o peso da camisa no mercado e faz com o que o clube se torne cada vez mais ambicioso. Nos últimos três anos, a Macaca ficou em 7º, 4º e 5º lugares. Essa boa sequência esteve muito ameaçada em 2014, mas o técnico Vadão conseguiu ampliá-la. Ele foi capaz de recuperar o precioso tempo que a Ponte perdeu durante a preparação para a temporada. Sidney Moraes teve uma passagem muito ruim pelo Moisés Lucarelli. Adotou um esquema pouco eficiente, treinou por semanas com Éverton Santos no ataque, mesmo sabendo que as chances de ele permanecer no elenco eram mínimas. Quando o campeonato começou, a Ponte tinha um time muito fraco. Inofensiva e vulnerável, perdeu três das quatro primeiras partidas. Na única partida em que veceu, o adversário jogou melhor. Vadão foi chamado para apagar o incêndio e foi além. De cara ganhou três jogos seguidos, dois deles contra times grandes, e mostrou que a Ponte começou jogando em um nível muito abaixo de seu potencial. Rebaixamento, portanto, não seria um problema. Mas brigar pela classificação parecia uma missão bem mais complicada porque Santos e São Bernardo largaram muito bem.Pois a Ponte de Vadão chegou à marca de 24 pontos e, com uma rodada de antecedência, garantiu presença nas quartas de final. Hoje a história será diferente. O Santos fez a melhor campanha graças à eficiência de seu ataque, de longe o melhor do Paulistão. O Peixe marcou 39 gols, 11 a mais do que o São Paulo, dono do segundo ataque mais eficiente. Com boas opções no elenco, Osvaldo de Oliveira montou um time envolvente, capaz de criar muitas oportunidades a cada partida. Os números do Santos na Vila Belmiro são ainda mais impressionantes. Em oito jogos, venceu oito vezes, marcando 26 gols e sofrendo apenas cinco. Vadão chegou há pouco tempo e já superou dois desafios. Hoje, sua chance se concentra no regulamento, que não dá ao time de melhor campanha nenhuma vantagem além do mando de campo. Em dois confrontos, a dificuldade da Ponte seria maior. Em jogo único e com o empate levando a decisão para os pênaltis, a Ponte tem mais chances. Para isso, porém, terá que buscar a perfeição tanto no sistema defensivo (para conter o criativo ataque santista) como na frente. Para voltar a disputar uma semifinal, a Ponte terá que ser cirúrgica nas finalizações.