O Red Bull Brasil segue no Majestoso

A Federação Paulista marcou para a terça-feira o Conselho Técnico do Paulistão 2020. Com o anúncio dos 16 participantes, foi confirmado o acesso do Água Santa, terceiro colocado da Série A2 desse ano. O time de Diadema foi beneficiado com a compra do Bragantino pela Red Bull. O regulamento proíbe que dois times pertencentes ao mesmo grupo econômico disputem a mesma divisão. Assim, o Bragantino — que no ano que vem passará a se chamar Red Bull Bragantino — permanece na Série A1, enquanto que o Red Bull Brasil, 5º colocado em 2019, foi “rebaixado” para a Série A2. O Toro Loko, porém, não vai encerrar suas atividades. Não apenas disputará a divisão de acesso, como continuará mandando seus jogos no Moisés Lucarelli. Fundado em 2007, o Red Bull Brasil percorreu em Campinas o longo caminho da quarta divisão até o Paulistão. Em março, concluiu a melhor campanha de sua história no torneio estadual ao ser eliminado pelo Santos. Em abril, quando a mudança para Bragança Paulista já era pública, conquistou o Troféu do Interior pela primeira vez. A decisão foi no Moisés Lucarelli, contra a Ponte Preta. Depois de um empate sem gols, o Toro Loko venceu nos pênaltis por 3 a 1. Àquela altura, todos imaginavam que o time estava se despedindo de Campinas e do estádio em que atuou durante quase toda sua existência. Mas a história continua. Mesmo sem ter o direito de subir enquanto o Red Bull Bragantino estiver no Paulistão, o RBB vai continuar se apresentando no Majestoso. É uma boa notícia para seus poucos e fiéis torcedores campineiros. E uma boa notícia também para a Ponte Preta, que vai ter uma fonte extra de recursos em 2020. Será interessante analisar a performance do time B do Red Bull na A2. A temporada de 2019 foi especial para a empresa (5º lugar no Paulistão e um acesso mais do que encaminhado ao Brasileirão) e a próxima tende a ser melhor. Disputar o Brasileirão é a meta da Red Bull desde 2007, quando isso parecia um sonho impossível. O objetivo está prestes a ser alcançado com uma grande campanha e o grupo ainda terá um time laboratório na Série A2, um torneio mais difícil do que muitos estaduais do País. O modelo de clube-empresa tem sido muito criticado no Brasil em virtude dos desastrosos resultados de alguns times com parceiros desonestos e/ou incompetentes. A Red Bull, agora com duas equipes, tem tudo para mostrar ao Brasil que o fracasso ou o sucesso não depende desse ou daquele modelo, mas sim da seriedade e da competência de quem está no comando.