No começo do campeonato, ao analisar o elenco do Guarani, por mais de uma vez escrevi que o time tinha quatro boas opções para as laterais e mais de dez vezes escrevi que o elenco não contava com um meia. O tempo foi passando e esse quadro não mudou. E Vágner Mancini, em sua incessante busca por uma solução para alimentar seu ataque e dar velocidade ao time, chegou ao ponto de escalar os quatro laterais de uma vez. É um sinal mais do que evidente que o treinador tem poucas opções para escalar o Guarani. No Morumbi, ele não obteve resultado e o placar foi absolutamente normal. O Tricolor jogou em casa, motivado por uma vitória sobre o rival Palmeiras e com seu banco de reservas composto por jogadores com a qualidade de Ricardo Oliveira e Dagoberto. O Bugre, que não vence o adversário há 13 anos, entrou em campo sem Renan e Mazola, dois de seus principais jogadores. Douglas fez alguns milagres, o gol do Guarani nasceu de um pênalti que só o juiz viu e não há o que se contestar do resultado. No sábado, o Bugre tem outra pedreira pela frente, mas o Vasco da Gama também sabe que é complicado jogar no Brinco de Ouro, onde seu adversário conquistou 23 de seus 30 pontos. Enquanto não conseguir roubar uns pontinhos fora de casa, o Guarani jogará sempre pressionado a vencer em Campinas para não permitir a aproximação da turma do desespero. Seria muito bom se a diretoria tirasse um coelho da cartola e apresentasse um meia até o final do período de inscrições. Se isso não acontecer, talvez seja melhor Mancini desistir de escalar um time de forma diferente fora de casa e jogar com a mesma postura que adota no Brinco em qualquer outro estádio. Era assim no começo e foi assim que o time somou quase todos seus sete pontos como visitante.