Os vereadores de Campinas usam livremente a tribuna da Câmara para atacar partidos adversários. As críticas, geralmente, ficam polarizadas entre PT e PSDB. Acontece que, no período eleitoral, o discurso deverá sofrer modificações. Isso porque durante a campanha os parlamentares vão seguir algumas regras impostas pela Mesa Diretora. Nos dois últimos atos da Casa publicados com as regras para as eleições, foi proibido o uso da tribuna para fins eleitoreiros e ataques a partidos....e o que não pode?O Legislativo de Campinas ainda não definiu quais são as regras para este ano. Na última eleição, em 2012, o então presidente Thiago Ferrari (PTB) proibiu a propaganda eleitoral nas áreas comuns da Casa, mas liberou nos gabinetes. Uma outra liberação causou polêmica na época: a presença de carros particulares adesivados no estacionamento. A Casa liberou, mas como o espaço é público, a lei eleitoral vetava a permanência dos veículos.A tribunaOs discursos dos parlamentares continuam ácidos até o recesso, em julho. Na volta, em agosto, as regras já deverão valer e utilizar a tribuna para atacar partidos políticos ou pedir votos, mesmo que indiretamente, durante as sessões, pode gerar uma bela dor de cabeça com representações na Justiça Eleitoral. Boa parte dos vereadores deverá tentar uma vaga de deputado. As vagasPor falar em eleição, as convenções que definem os candidatos começam em junho e a disputa promete ser intensa, mesmo com a tendência de queda no número de pleiteantes. Em 2010, por exemplo, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) somou 122 candidatos a deputado federal e estadual. O número de inscritos, no entanto, foi 30% menor em relação a 2006, quando 176 concorreram. O bolsoDos 122 candidatos que disputaram o último pleito, 56 eram de Campinas. O número também sofreu redução no comparativo com 2006, quando foram registrados 87 postulantes campineiros. O que se escuta por aí é que ninguém tem muito dinheiro no bolso para bancar a campanha e, sem muito apoio, fica praticamente impossível conseguir os votos na região, já que os candidatos precisam, nesta eleição, convencer um grande número de eleitores, numa avaliação mínima de 60 mil votos. Campinas fez 11 deputados, entre estaduais e federais, em 2010. Vai quem querApesar de alguns partidos terem definido só um nome para cada disputa em Campinas, uma outra avaliação é que quanto maior o número, melhor. Mais votos, mais cadeiras. Nesse caso, o peso da coligação também vale. Quem sai?Também na eleição de 2010 alguns vereadores optaram por deixar a vaga na Câmara para uma dedicação exclusiva à campanha. Teve gente que saiu antes mesmo do recesso. Até agora não existe movimentação nesse sentido no Legislativo de Campinas. Os suplentes estão de olho!Com eleição...A pauta da sessão continua fraca e os únicos projetos de peso em votação hoje, para variar, são do Executivo. Os parlamentares discutem a legalidade da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que prevê um orçamento de R$ 4,4 milhões para 2015. Outra proposta do governo do prefeito Jonas prevê a alteração da lei que regula empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida. O Executivo quer mudar a legislação para poder aprovar prédios de cinco pavimentos sem elevadores.O restante da pauta é de títulos e nomes de ruas e praças.
