CARLO CARCANI

O que o Guarani pode fazer na Vila?

Carlo Carcani
15/03/2013 às 21:47.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:27

Ao chegar à final do ano passado, o Guarani se transformou no primeiro time da história a disputar o título do Paulistão no ano seguinte à conquista do acesso, já que foi o vice-campeão da Série A2 de 2011.

A decisão de 2012 foi contra o Santos, adversário que um pressionado Guarani reencontra neste sábado, na Vila Belmiro. Sem nenhum finalista no time atual, o Bugre tenta apenas evitar que o feito inédito de 2012 ganhe como adendo um rebaixamento logo no ano seguinte à conquista do vice-campeonato.

O Guarani não vence o Santos na Vila desde um 2 a 1 em agosto de 1999. Nessa partida, Fumagalli fez o gol do Peixe, Carlos Alberto Silva era o treinador do Bugre e Zetti vestiu a camisa 1 do alvinegro, que tinha o ainda em atividade Dodô no comando de ataque. Edu Dracena, então com 18 anos, compôs a zaga bugrina.

Hoje os tempos são outros. Tricampeão estadual, o Santos de Dracena é favoritíssimo. O Guarani, que chega à 12ª rodada ainda sem ter um time titular definido, ficará feliz da vida se voltar da Baixada com um ponto, embora isso seja pouco para quem está no Z4.

É possível que o time que luta para não cair surpreenda o que briga pela liderança, em plena Vila Belmiro?

Em situações normais, não. Dono da terceira pior defesa, o Bugre tem pela frente o melhor ataque do Paulistão. É bem verdade que o Santos, apesar da boa campanha, tem apresentado um futebol bem abaixo do que se espera dele e é por isso que o trabalho de Muricy Ramalho tem sido contestado nas arquibancadas, na imprensa e, quem sabe, nos bastidores da Vila.

O Guarani pode ter alguma chance de pontuar se conseguir marcar Neymar de forma implacável na primeira meia hora de jogo. Quando isso acontece, às vezes, o resto do time se perde, acostumado que está a ver o companheiro resolver todos os problemas.

Muricy tem sido criticado justamente por isso. O elenco atual é melhor do que o do no ano passado, mas o Peixe segue jogando menos do que pode. Se for capaz de criar um incômodo para o Santos, irritar a torcida e pressionar o adversário, o Guarani pode surpreender. Mas se deixar o Santos à vontade, então é certo que o longo jejum se prolongará por mais um ano.

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